segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Janela

E observando as estrelas eu concluo que queria ser uma delas, só pra poder observar pessoas, varias cidades, registrar momentos, observar, observar, observar... ficar eternamente observando sem perder o rumo, sem perder o brilho, pra depois ganhar o céu e fazer uma grande revolução de estrelas e formar o novo sol, mais vivo, menos quente, que não queima nem arde, que nunca morreria e ficaria lá noite e dia, sem descansar, mas sei lá, chega de revolução em pensamento, chega de imaginar, eu preciso mesmo é de uma revolução pra vida, matar esse desejo que não passa, esquecer aquele olhar que me faz tropeçar, que só de lembrar já me tropeço literalmente, pequeno deslize, voltemos, na verdade eu acho que eu gosto de ficar martelando e me matando ao lembrar da minha estrela, a que nunca para de olhar no espelho, a que tem um jeito diferente ao passar a mão no cabelo, que quase nunca tira a mão do cabelo e que vive brilhando em minha mente, mas eu vou seguindo assim, sem saber se gosto ou não de sentir o que sinto, sem nem saber exatamente o que é...

Danilo C.

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