quinta-feira, 31 de março de 2011

Play

Bad brains - Banned in DC
Bad brains - Pay to cum
Dead kennedys - California uber alles
Queens of the stone age - Little sister
Fresno - Porto alegre
Jennifer lo-fi - Troffea
Jennifer lo-fi - Bacon
Thiago pethit - nightwalker
Arctic Monkeys - Old yellow bricks
At the drive-in - One armed scissor
Pitty - Comum de dois
The dead weather - I can her you
The dead weather - Blue blood blues
Cachorro grande - Dance agora
Andrea Martins e o imperio dos sonhos - Não há
Andrea Martins e o imperio dos sonhos - Tanto mar
Canto dos malditos na terra do nunca - Disfarçar
Radiohead - Lotus flower
Rihanna - S&M
Pj harvey - Down by the water
David bowie - Rebel rebel
David bowie - Changes
Yeah yeah yeahs - Honeybear
Blur - Song 2
Nirvana - Lithium
Velvet underground - Venus in furs

domingo, 27 de março de 2011

Sem drama.

Domingo, coisas boas no ar, e eu não preciso de nada mais...
Sem drama por hoje!

Danilo C.

quinta-feira, 24 de março de 2011

No sonho...

Esse seu rosto que me embaraça, me alcooliza e me pede mais negligência. Frio e calculista me mantenho parado esperando a próxima dose do seu olhar. Próxima dose que me arde, que me queima, me sopita, sopita como sua boca. Boca vermelha e ipermeável, i-n-s-u-p-e-r-á-v-e-l. Me afundo, suplico, escrevo seu nome no ar, procuro seu rosto 'marcante' nas benevolentes margens das nuvens. Rosto incerto, que me joga no asfalto, no chão quente, na beira da morte, que me faz querer cortar os braços, não, melhor, que me faz querer quebrar as duas pernas. E eu quero correr, correr no caminho mais longo, disparado, e que o vento tome conta do meu rosto, e eu quero correr só pelo prazer de me sentir leve, bem mais leve. Tem uma orquestra desgovernada dentro da minha cabeça agora, confundindo os meus ouvidos, macetando minha alma. Tem uma senhora de capa preta se apoiando em meus ombros, ela sussurra em meus ouvidos me dizendo pra eu não me confundir com esse olhar. Mas tem um anjo me puxando pro alto e ele não veste branco, veste azul... Eu hoje acordei num medo estranho, medo de te perder, te perder da única forma que eu tenho. Eu hoje acordei com medo de que você vá embora e me esqueça. Eu só queria ter a metade da importância que você tem pra mim. E que onde você estiver, você se lembre por pelo menos dois segundos de mim.

Danilo C.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tenha pressa

Carolina dá uma brecha
Pedro tinha pressa
seus caminhos eram tortos
difíceis de ser encostados
feridas, idas e vindas
como poderiam se esbarrar?
Carolina muda fácil
seu humor nunca ajuda
Pedro insiste, persiste
mesmo sabendo que pra isso
ele teria que desconectar
desconectar vidas
desconectar pessoas
essa história não tem final feliz
desconectar vidas
desconectar pessoas

Danilo C.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Last Friday Night

Eu quis sair por ai, quis sair por ai pra te encontrar, de fato te encontrei. Entre luzes, pessoas, presentes e passados, meu mundo desabava em camera lenta, sem fôlego, meu peito jorrava de dor, estranhamente foi como se tivesse levado um coice no estômago. Perdido, fui fixando minhas pesadas vistas em seu rosto, seus olhos ressaquiados, suas expressões bem claras, sem mistério algum, bem expostas, explicitas, diretas, seu queixo redondinho. Sua boca fala: Enfim, minhas boca fala: Você é do jeito que eu imaginava. Você abriu aquele sorriso sóbrio, com clareza, limpando minhas vistas nubladas, abrindo meus sorrisos mais ocultos, eu te abracei... Dentro de mim tudo rodava, sabe essas ondulações dos seus cabelos? Eu me afoguei em todas elas. Você parece viver em uma grande confusão, isso me encanta, mas o melhor é que eu consigo enxergar todas elas, pois seu rosto te entrega tudo, completamente tudo. E eu estou perdido, eu já nem sei o que acontece, eu já senti isso uma vez antes e eu sei que tudo tende a piorar. Eu não posso deixar tudo a perder, me ajuda a querer ficar, me ajuda. Eu corro mundos, quebro meus cofres, rezo as orações que você me pedir, mas por favor, me ajuda a querer ficar. Eu estou em catarse, 'quase' tudo me chama, eu quero te deitar no meu colo pra poder escutar sobre o seu dia, eu quero me surpreender e ver que você dormiu bem aqui onde estava, eu quero te acordar e te mostrar o quando o dia está lindo lá fora, e eu sei que o céu vai estar gritante, quero acender um cigarro só pra te observar com calma, quero também que você o tire da minha boca e mande eu parar de fumar. Que a noite chegue e a gente se encaixe, que eu conheça os seus gemidos mais roucos, que eu morda seu queixo chamativo até você pedir pra parar. É, você me despertou algo que eu nem esperava sentir mais, me mostre sua vida, que eu te mostro a minha, me conte com quem você dormiu na noite passada, me diga sua cor preferida, eu quero saber se você também prefere o azul, eu quero saber de todos os seus gostos, também te contar os meus. Só não mecha em meu armário, pois nele abriga varias cartas, bilhetes e poemas destinadas a outra pessoa. Mas se quiser eu queimo todas, queimo todas pra assim poder começar a nossa história... E não me olhe mais daquele jeito, eu não sei até que ponto eu posso delirar.

PS: I'll wait...



Danilo C.

terça-feira, 15 de março de 2011

Rápido

Acelera essa porra deste carro, faça meu coração disparar, aumente o volume no máximo, estoure os meus tímpanos, quero sentir minha cabeça vibrar, quero sentir nossas vidas pairando no ar. Eu junto as peças, quebro as regras, piso nos cacos... Eu preciso de um gole, pois a muito tempo eu não te escrevo, não falo sobre os seus olhos vermelhos, meus queridos olhos vermelhos, amargos de insatisfação, que sempre me tiram do chão. Me de a mão, olhe nos meus olhos e não me deixe mais ir embora.

''I will shake myself into your pocket
Invisible, do what you want, do what you want
I will shrink and I will disappear
I will slip into the groove and cut me up
And cut me up
''

Danilo C.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sem título.

As coisas poderiam ser mais calmas, tão bem mais calmas quanto sentar na mesa pra tomar uma xícara de café, ou quando a tempestade vai embora e a gente abre as janelas, só pra observar a chuva caindo de fininho. Isso é o que eu pensava antes, antes de estar aqui, deitado ao seu lado e te vendo dormir, e por mais que eu esfregue os olhos, ou me belisque por inteiro, isso não é um sonho. E agora eu realmente sei o que é ter calma, ver você ai assim, suspirando calmamente, e eu aqui deslizando o meu olhar cético por seu queixo pontiagudo, levemente sensual, deslizando meu olhar lúdico por sua boca impressionantemente vermelha, sua boca intacta, imóvel, perfeita, repito, perfeita. E te ver aqui assim, é como se noventa por cento dos meus sonhos tomassem forma, e eu suspiro, me reviro, me estrago e me fortaleço. Lembro de todas as vezes que coloquei meu rosto no travesseiro, pra tapar o meu choro e ninguém escutar, e é realmente muito estranho você aqui, dos meus sonhos pro ápice da minha realidade. Queria poder dividir o meu choro, o meu choro que na verdade nem sai e nem quer sair, mas também não poderia estragar esse momento, nem perder nenhum segundo de você aqui dormindo tranquilamente. Pode ser masoquismo, tortura, presente, sonho, devaneio, peça que o destino prega, esse momento é meu e eu preciso guardar, e só não sei se agora eu estou ou não no fundo do poço, imóvel com essa imagem, nem tenho cabeça pra pensar. Você, meu tropeço, meu pé na porta, meu anjo, minha vista grossa, meus sonhos, meus pesadelos, meu choro alto, meu choro baixo, meu sorriso, meu sorriso leve, meu sorriso ensolarado, meu sol, minha força e minha fraqueza. Sonolento, eu sigo a tropa dos seus cabelos, não deixando de lado também sua boca meio aberta, deixando a mostra seus dentes da frente quase separado, que eu acho o máximo. Meu medo agora é você acordar, sua miopia me confundir e você sair por esta porta. E eu queria torrar todo o meu dinheiro agora, com cigarros e vodka, só pra comemorar todos os porres que tomei desejando sua presença, sua presença aqui imóvel, eu não ligo se enquanto você dorme, você sonha com alguém, eu não ligo pra quem você sonha, ou deseja enquanto dorme, ou pede a Deus antes de dormir, o que importa é que agora você está aqui, só pra mim. Também não me importo em me rastejar ou beijar os seus pés, lamber o seu chão, nem engolir os tantos nãos que eu sempre recebi de você de cabeça baixa, nem em acreditar que quem procura não acha. Eu só quero pensar no agora, pois agora parece que o mundo inteiro dorme, mesmo com o dia acordando, nesse momento ninguém existe, completamente ninguém, apenas eu, seu corpo e a solidão deste quarto. Se agora eu tivesse que fazer um pedido, eu iria pedir que você não acordasse agora, não acordasse e visse a minha maldita cara de bosta aqui te olhando, entregavelmente...

Danilo C.

sábado, 12 de março de 2011

m-o-d-i-f-i-c-a-r

E é três, dois , um... Pra tudo se desmoronar de vez e eu literalmente me acabar na sarjeta, a questão é não ligar pra não afetar, repito, a questão é não ligar pra não afetar. Aqui dentro borbulha como um vulcão prestes a entrar em erupção, essa insatisfação inacabável que nunca tem um fim, eu talvez saiba achar a solução, mas meu lado passional fala bem mais alto, me fazendo não enxergar completamente nada. E por favor, me dê um prozac, morfinas e afins, só assim pra eu conseguir me manter no suposto controle. Agir, não pensar, agir, m-o-d-i-f-i-c-a-r. Mas como começar agir? como não pensar? como agir? como modificar? Meu Deus onde eu vou parar? Eu preciso deliberar toda a minha raiva, tesão e afeto por essas letras que se despejam por este papel amassado, preciso encontrar alguém que me olhe nos olhos de fato, me ofereça um cigarro, e gema de verdade nos meus ouvidos. Eu também preciso parar de fingir e seguir o meu caminho, preciso eliminar de vez essa inquietude que me estraga completamente. Com ou sem nexo, tanto faz, no momento eu só quero dormir, dormir e dormir, só assim pra me esconder um pouco de mim mesmo. E foda-se se hoje é sábado!

Danilo C.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Até os meus pés sangrarem.

Sua beleza, eu me prendo na sua incrível beleza, seu tom natural, sua boca vermelha, seu cabelo vibrante, eu realmente me prendo em sua beleza. As vezes eu me sinto jogado em um túnel, no breu, só vejo uma luz lá no fim, caio em mim quando percebo o seu sorriso gritante, reluzente, vivo, intacto, incomparável, inconfundível, seu, só seu. E eu não me canso de falar, de bater na mesma tecla, eu queria saber expressar, eu não sei se eu consigo expressar, mas eu vou continuar tentando expressar, até o meu último respirar. E eu perco a fala, eu perco as pernas, mas ganho asas, asas que me levam, me levam no seu céu, no seu céu que me deixa vivo, que me reflete coisas boas, me traz um gosto bom de um clima cinza e chuva fina. Eu gosto disso, eu preciso disso, eu vou estar bem, eu vou estar vivo, desde que você estenda sempre esse seu sorriso.

Danilo C.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Remanescente

Me desdobro tentando manter o equilíbrio e a calma, na minha falta de equilíbrio caí de joelhos ao chão. Fico aqui pensando sobre algumas propostas que se relançam por acaso, e que sempre vou lá e faço acontecer, mas o problema é que sempre me falta algo, e isso me acaba. Me desdobro pensando que são apenas mofos nas gavetas da memória, mas isso não é tão insignificante a ponto, eu não posso ser tão hipócrita assim. Minha cabeça diz que é hora de desfazer alguns laços, só que meu coração está bem decidido, deu vários nós nesses laços para não haver nenhum tipo de tragédia, pois eu sei que seria isso que ia acontecer. Os choros? Eu gosto, os guardados são os melhores, me livro deles quando tento esconder a minha dor imaginando a dor dos outros, eu sei que isso não me faz sentir sozinho. É uma loucura, uma parte minha quer te ver bem longe, não quer ver nem rastros, te odeia e sente uma magoa terrível, outra parte te quer aqui sutilmente, deitados rindo da vida, ouvindo suas historias e seus segredos. E eu acho que é assim que eu prefiro, pois assim eu posso olhar a forma que você suspira, separar os seus sorrisos, e morrer de felicidade por dentro, pois por fora eu sei que eu não consigo demonstrar o quanto eu me sinto bem quando você está por perto.

Danilo C.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tenho

A gente caminha por lados errados, a gente grita de desespero, a gente arranca todos os cabelos da cabeça, a gente ama, a gente ama até de cabeça para baixo. Me causa um estranho frio na barriga, levando-me da tontura ao choro resmungado, eu não estou desmembrando nenhum tipo de sentimento bom, é que meu momento não está pra bossa nova, e como o dia de hoje eu estou, cinza. E eu não preciso que a primavera que se guarda dentro de mim tome conta dessa nébula, não agora. Eu só queria me manter firme, apenas firme, firma como meu corpo sobre o seu jogado pela cama, firme como minha precisão ao varrer com o pé os objetos jogados no chão, antes que você chegue, firme como o corte no meu pulso com a inicial de outra pessoa, e a minha precisão é tão urgente quanto a lamina que corta, firme como nossa relação de ex-colegas para cúmplices, tão firme como eu sempre te digo que não quero te soltar. Pois eu preciso que alguém me mantenha no chão, não quero ter que viver relutando por um sorriso que cega meus olhos, atordoa minhas ideias e decepa minha cabeça, eu preciso me desprender, u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e, preciso não perder o controle, mais do que já está perdido. Eu sei que estou longe de saber o que é completude, mas queria ter controle o suficiente para controlar meu último suspiro, minha ultima palavra, meu ultimo adeus, para que seja de fato o ultimo adeus mesmo.
As coisas poderiam ser tão bem mais fáceis, mas pelo menos eu tenho alguém por perto.

Danilo C.

Certamente falando

Impressão é uma questão de escolha...

Danilo C.