terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Doce: da presença até as polaroides.

Dos dedos do pé, até todos os fios de cabelo. Sim, eu queria caminhar por todo o seu corpo, pra descobrir todos os seus pontos fracos, e os fortes, e os mórbidos, e os pervos. Eu quero me afogar no gosto da sua boca, lentamente e carinhosamente, quero também suspirar em sua nuca, parar em seus olhos e saber se aí dentro existe realmente essa vida doce e provocante. Eu quero me derreter, dar voltas e voltas pelo chão preso em você, eu quero saber da sua vida, eu posso ser a sua vida. Eu quero te trazer o café, quero bagunçar o seu cabelo, quero ler pra você os mais doces contos de amor. Não, eu não quero drama e nem histórias incompletas, eu queria que seja por inteira, doce, completa. Eu quero estar em sua casa, deitar no seu sofá, eu quero gostar do seu gato, eu quero viver na sua vida... Nem que seja por um dia. Eu sempre te olhava de longe, despertando o meu lado curioso mais intenso, era tentador. Eu agora estou aqui bêbado e paralisado olhando sua foto, quero ouvir a sua voz de novo. Eu realmente quero te ter, ter o seu olho gordinho e penetrante bem perto do meu, eu quero estar próximo, eu queria você... Repito, nem que seja por um dia!

Danilo C.

domingo, 18 de dezembro de 2011

MAIS!

menos expectativas e mais lembranças...

Danilo C.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

sem querer caminhar, recorro as asas para voar...

E as minhas noites ainda continuam intensas, imensas e intactas. E eu tento abrir minhas asas e correr, só que me falta, me falta impulso, coragem. Eu queria correr, pular, voar e fugir, voar pra bem longe dos teus olhos que deslizam por todas as coisas, longe dos teus olhos que deslizam e se perdem na imensidão dos seus pensamentos inconcebíveis. E eu me contorço tentando decifrar esses olhos arregalados remetendo um ar de loucura 'vale dizer'. Eu não sei o que se passa aí dentro, queria saber. é como se quanto mais você se concentra no nada, mais você se prende dentro dele e o que mais me assusta é que parece que você gosta, e não pretende sair, e não quer sair. Sim, meu coração ainda berra por você. É como se o quanto mais eu gritar, mais seu olhar fica difícil de encontrar. Eu também ainda amo o jeito como você traga o cigarro com ar de egocêntria e despretensão, o jeito como você passa a mão em seu cabelo. Eu ainda amo o jeito em que suas palavras saem bem claras de sua boca, a boca vermelha que você morde após duas frases forçando as vistas... Eu queria ter sua boca mais próxima da minha, eu queria ter os seus beijos, eu queria te abraçar, e queria ser a sua segurança, o seu porto, onde você sempre voltasse. E nas suas idas e vindas voltasse, me abraçasse e me beijasse, e que seu beijo tirasse de mim aquele suor frio, e que meu suor frio se evaporasse com o calor de seu rosto. Eu queria que você chegasse, deitasse em meu colo, e contasse sobre os seus devaneios, loucuras, desejos e amores temporários... Mas que contasse de olhos fechados, pra eu não me perder no seu olhar.

'Eu busco na boca das outras pessoas, o vento que você tem pra me fazer voar...'

Danilo C.

sábado, 15 de outubro de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Confusão



O mundo, as pessoas... tudo uma grande decepção.

Danilo C.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

chorume.

O cheiro de maçã
ondulava meu libido
deixando vivas
as flores mortas do meu arranjo...

Danilo C.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Para todos que conseguem se esconder em um sorriso.

E é só eu me lembrar que pela sua boca eu já caminhei, que me vem aquela vontade de atravessar esse chão, corrompendo o concreto e me esconder debaixo da terra pra poder chorar, chorar todas as minhas lágrimas, toda a minha dor, até que saia muito sangue em meus olhos. Sim, homens podem chorar sim! Dizem que nada mais elegante que a dor de um homem colocada no papel, mas se aqui existe elegância eu acho que acabei com toda a minha cota. Pois fiquei aqui parado olhando para este papel em branco por horas. Penso eu que a vontade de fugir do meu eu é tanta, que nenhuma palavra sai, apenas rabiscos, e nesses rabiscos enormes, me dei conta de que minha cabeça anda cheia demais. Anda cheia de vontades, cheia de lembranças, cheia de desejos, cheia de você. Eu queria comer todos esses pensamentos, de garfo e faca, quem sabe assim minha cabeça se limparia e eu poderia escrever sobre coisas bonitas, sonhos bem distantes, sobre um barco azul que passa pelo mar, sobre a água de coco que estava doce demais. Mas isso não é realidade, pelo menos a minha não é. Queria falar sobre o quanto ainda me dói, se soubesse o quanto é vivo o que eu sinto aqui dentro. Por você eu jogaria todo o meu dinheiro fora, queimaria todas as minhas roupas, doaria todo o meu sangue, venderia a minha alma. E é tão ruim essa tristeza que me bate ao acordar, e eu não sinto a mínima vontade de me levantar. Todos dizem que ''cada manha todas as misericórdias se renovam''. A minha não,ela continua ali, é uma fixação em cada detalhe seu. Ao lembrar você tragando o cigarro, daquele seu jeito confiante, puxando a fumaça e forçando as vistas, fechando a sobrancelha... Toda a minha vista se fecha, toda a minha cabeça se fecha, todo o meu mundo se fecha. Quem me dera poder ter aquele par de olhos cor de confiança só por um momento, com a atenção voltada só para mim. Aquele par de olhos que me fez afogar, relutar, depois barbarizar e atropelar toda a minha timidez. E meus pensamentos vem, vão, e eu me fecho, me viro, e essa vontade de não levantar dessa cama só aumenta. E a cada dia que eu levanto, aumenta uma parte do meu sorriso amarelo.

Danilo C.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ilusão!?

De dose em dose se conforta um coração...

É tão estranho como depois de tanto tempo, quando você chega eu ainda me sinto como se fosse a segunda vez em que eu te vejo. Ainda me vem aquela sensação de tremor ridícula, que por mais que a gente tente segurar, mais ela te toma por inteiro. E a gente se sente um babaca, fica sem graça com medo de ser notado, acha que está estampado na nossa cara pra todo mundo ver o quanto a gente está balançado. É verdade, eu ainda me sinto me sinto assim, no silêncio sozinho do meu quarto eu tento exorcizar meu sentimento com o barulho do ventilador, mas sempre os pensamentos passionais me bombardeiam, me fazendo lembrar que dentre conversas e pessoas ao longo da vida, eu notei e encontrei a que me fez pensar que todas as outras nas quais eu me esbarrei, fossem tão normais, chatas, banais, sem graça, sem foco, sem vida. E por falar em sem vida, você me faz pensar que já viveu décadas, anos luz antes de mim, as formas claras e concretas de enxergar os problemas, o tom leve e sem desespero que ao contrario de mim demonstra total segurança em tudo que faz, eu queria ser assim. E a cada dia eu fico mais louco, com mais vontade de estar sempre perto de você, de aprender o que você nem tem pra me ensinar. E só de falar eu já sinto falta do seu cheiro, esse cheiro vivo, que sempre me traz para a terra. Dizem que o amor só tem cor e que ele é inodoro, o meu não tem cor, tem cheiro. O seu cheiro, o cheiro que me transborda e me arranca os mais estranhos e internos suspiros. E eu fecho a minha boca e guardo todo o meu fôlego para você. E quando você vai, você o tira todo de mim. Quando eu estou com você, eu consigo observar casa centímetro, não, centímetro não, eu consigo adorar cada milímetro seu. E eu adoro a forma como você respirava, como você fala, como você boceja, como você pisca, como se se estressa. E eu queria você aqui agora, pra deitar em minha cama e derramar todos os seus problemas em meu colo, mesmo eu não podendo resolver, e dai eu tomaria as suas doses. Quando eu tomo as suas doses eu me sinto renovado. Pois de dose em dose se conforta um coração, e que essas doses virem doze doses, que de doze em doze, essas doses sejam mais doces. Para que de doce em doce, quando nós criarmos nossas asas e cada um seguir o seu próprio horizonte, só as coisas boas fiquem. Que na verdade são as únicas que importam.

Danilo C.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Se é alucinação eu não sei.

Carinho, muito carinho, invalidez, rejeição, socos, socos no estômago, pontapés no estômago, raiva, muita raiva, coração em chamas, suor na mãos, confusão na cabeça.

Eu consigo sentir tudo isso com seu olhar...

Danilo C.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A. Rodrigues

Era uma vez uma menina, uma menina dos cabelos lisos, aquela que passa arrastando os sapatos com seu agasalho de lã azul marinho com pelos de gato. Aquela que cativa todo 'O MUNDO' com seu sorriso largo e estrondoso, saído por sua boca carnuda. Ela tem uma áurea meio-tropicalista-meio-cafona, ela é bem cafona, nota-se pelo seu gosto musical meio-sentimentalista-meio-oitentinha. Ela é antiga, essa menina é rococó, sua alma old school faz com ela se tranque em seu quarto, para ver um jardim dentro dele, se movimentando na medida que o vento passa pela greta da janela quase fechada, se ela estressa ela pode ver várias aranhas por todo o teto do quarto. Ela sabe muito bem do que eu estou falando. Ela não grita e nem chora, e apenas deita em sua e começa a cantar suas musicas de auto-e-expressa-ajuda. Essa menina tem mel, difícil encontrar algum rapaz que não há observa, difícil também é querer contar nos dedos da mão os que já caíram em seus encantos involuntários. Ela parece ter trinta e sete anos, tem respostas na ponta da língua, conselhos de mulher vivida ela tem, e como tem. Acho que na vida passada ela foi minha avó. Hoje, nessa vida ela completa vinte e dois. Gosta de gatos e cachorros, nunca a perguntei de qual ela mais gosta, mas creio que seu coração é tão grande e bom, que ela deve gostar mais de gatos, cachorros, papagaios e pessoas. Ela gosta de cartões, papéis de bala, abraços, horas e horas de conversa sobre as questões amorosas. Ela gosta de dizer que na vida ninguém é de ninguém. Mentira dela, pois se alguém se aproxima de seus gadinhos, ela surta e manda o pé na porta, enlouquece e volta pro seu quarto para relutar com as malditas aranhas. E se você estiver com alguma raiva, fogo ou revolta, não se preocupe, ela consegue tirar com a mão e ela apaga em seu peito, literalmente. Ela é mágica, ela é moça, ela é linda, ela é uma graça.
Viva seus vinte e dois, viva suas flores, viva suas aranhas.
Obrigado por tudo
Felicidades
você merece!

Danilo C.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Queria

Eu queria me prender em suas mãos, eu queria me pendurar em seus braços, eu queria me embaraçar em seus cabelos, eu queria me sufocar em sua boca, eu queria me cegar em seus olhos, eu queria me perder em seus pensamentos. Eu queria, eu queria, eu queria. Eu queria provar pro querer, que realmente se pode ter.

Danilo C.

domingo, 5 de junho de 2011

Playlist do Marcelo Ferreira

Jose Gonzalez - Heartbeats
Modest Mouse - Little Motel
The Kills - Future Start Slow
Kings of Leon - Woo Hoo
Two Door Cinema Club - What you Know
Morrisey - The First of The Gang to Die
Puscifer - Rev 22:20
Paris Motel - Mr. Splitfoot
Moldy Peaches - Anyone Else But you
Placebo - Every and Every me
The Cure - Sirensong
Alexi Murdoch - All my Days
The Shins - Those to come
Kasabian - Thick as Thieves
Elliott Smith - Angeles
Radical Face - Welcome Home
The xx - Basic Space
The Doors - People are Strange
Noiserv - The Sad story of a Little Town
Phoenix - Rome
Kings of Leon - The Bucket
Modest Mouse - Dramamine
Queens of the Stone Age - Sick Sick Sick
Beirut - Postcards from Italy
Lemonheads - Into Your Arms

Neblina

Que o seu coração de pedra vire lama
Que essa lama suje todo o seu sorriso
Que seu sorriso vire um sorriso de tristeza e solidão
E que sua solidão tome conta de seu corpo
E te jogue no chão.

Danilo C.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aqui ninguém vai pro céu.


Quando a noite chega e a cidade se cala. Forçado pelos pensamentos me vejo lançado no deserto, sem noção de onde esteja a linha do trem de volta pra casa. Sem água, sem agasalho, sem rumo, eu vou procurando por alguma miragem. Mas eu não vejo miragem alguma, só sinto o vento frio que se entrelaça entre os meus dedos, passando pelos meus pés descalços, trincando a minha boca, rangendo os meus dentes, batendo o queixo e cortando o coração. Esse coração maldito, que se entrega, se maltrata, que se alimenta de algo que não se tem em troca. Não, não e não, eu não vou mais falar sobre este coração, deixa ele quieto, sofrendo, enquanto essa dor não passa me dê um gole de vida, deixa ele, logo logo ele sara, eu tenho fé. Quero falar sobre os meus pés descalços que não encontram o caminho certo, onde não exista escuridão, onde o céu não perturbe este coração que já quer descansar. Um caminho onde as luzes da cidade transmitam conforto e alegria, sim é de alegria que eu preciso nesse momento. De abraço reciproco, de sorrisos seguidos de palavras sinceras que me confortem e me encorajam. Eu preciso encontrar quem me demonstre carinho, é de carinho que eu preciso. Talvez eu encontre carinho naquela dos cabelos castanhos, um pouco distante dessa cidade. Mas não, eu ferrei tudo quando ofereci o sorriso dela pro diabo.. Eu ferrei, eu me ferrei, eu ferrei os meus trinta e três anos, ferrei a minha casa, a minha família, perdi a minha esposa, perdia a guarda das minhas duas filhas, sobrou apenas eu. E eu e meu cachorro vira-lata, meu cachorro vira-lata cego e leproso. E como ele eu me sinto sem perspectiva de vida, cansado lambendo as minhas feridas, e mesmo não querendo falar do meu cansado coração que insiste em bater, tudo o que me rodeia se concentra nele. E ficar aqui falando de tudo o que eu ferrei e perdi, só me faz sangra-lo cada vez mais. A vida, as pessoa, todas são envoltas e movidas por um coração. A merda de vida, a merda das pessoas, todas são ferradas por um coração. A droga de vida, a droga das pessoas, todas são perdidas por um coração. Seria esse coração o real motivo da vida? O que seria das pessoas sem um coração? Como seria todos os seres humanos sem emoções? Sem a merda das emoções! Como seria se todos abrigassem pedra ao invés de um coração?. Eu queria ser um robô. Eu queria não ter memória, nem lembranças, nem sorriso, eu não queria nem poder falar. Nem falar, e nem pensar, porque ai eu não pensaria. Não pensaria em tudo, não pensaria em nada. Assim eu vou andando por esse imenso deserto, me debatendo sobre essas merdas, malditas supostas razões da vida. Eu queria ser aquele condor que voa pelo céu. Pois o céu não é de Deus, o céu é dos condores. Se eu fosse um condor eu não estaria com os meus pés cortados, não haveria poeira em minha boca, nem areia em meus olhos, nem roupas rasgadas, nem frio, nem lágrimas de sangue. E essa vida é realmente uma merda mesmo, se eu fosse o condor, eu estaria pairando pelo ar, de olhos fechados, sentindo a brisa do céu, a força do vendo em cada batida das minhas asas, com minhas lindas penas vivas. Eu também poderia ser um anjo, eu poderia ser um anjo com as asas bem pretas, e que a minha palidez se destacasse nesse mar de areia. Eu queria ser um anjo. Um anjo que nem aquele que se aproxima. Que se aproxima e me mostra a morte. Me mostra a morte me acordando deste sonho.

Danilo C.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não tão bem quanto parece.

As vezes (quase sempre) tudo que se protesta dentro de mim se chama revolta. Revolta por não conseguir adentrar dentro do seu olhar. Eu paro, me concentro, meu corpo gela, meu coração dispara. É como se seus olhos me nocauteassem, me jogando contra a parede, depois me engolissem pra dentro de um terremoto, um terremoto no escuro, onde eu não tenho a mínima ideia de que lugar me esconde, ou pra onde correr. E é bem estranho, pois eu resisto em ficar e na verdade eu nem quero esconder, muito menos correr. Eu quero ficar e tentar saber onde acender as luzes, as luzes do seu olhar. É tão estranho eu ainda conter um certo pânico quando eu olho dentro dos teus olhos, são incansáveis vezes, que me abalam como se fosse a primeira. Dai eu corro procurando refúgio em sua boca. Boca? Qual boca? A boca! Que boca... Nossa, a boca. Aquela intacta, bem vermelha e mais que lúcida. Que em conjunto com palavras bem formuladas e faladas com clareza e consistência, me tentam e me jogam na sarjeta. E eu me sinto confuso, perdido e fora do eixo. E assim eu vou te analisando dos pés a cabeça, sem pudor e sem dó de te constranger ou te despir. Mas nesse caso constrangimento nem é tão vergonhoso assim, vergonhoso é eu me apegar aos seus objetos, ou pelo seu agasalho que eu suguei todo o cheiro se que havia nele. Mas isso nem é nada, e pensando bem, realmente nossa história tem lá os seus pontos positivos, seria bonita e serena, se não fosse a minha pressa que sempre fez com que eu engolisse a perfeição. Eu sempre meto os pés pelas mãos e transformo tudo no drama mais ridículo já acontecido. Mas eu tenho os meus motivos, que são muitos até, eu não queria que você fosse, mas preciso deixar você ir, mesmo morrendo pela sua pele que fica radiante quando você veste azul, mesmo com seu sorriso aberto que me derrete completamente quando direcionado a mim, mesmo com seu abraço que é o único lugar onde eu me sinto fora de qualquer perigo e transtorno. Mas eu realmente precisava deixar você ir embora, eu precisava ficar totalmente bem, mesmo você sendo minha única parte lúcida, onde eu sou o sentimento e você o calculo. Você virou o meu vicio, e eu preciso me tratar dele, eu torço com todas as forças para que este transtorno passe logo, pois as pancadas da vida são muito dolorosas, e eu quero viver bem longe delas...

Danilo C.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Conformismo.

Ninguém consegue lutar contra um coração que está despertanto...

Danilo C.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Não precisa me amar.

(Os abismos de estrelas falsas no falso céu do teto do meu quarto...)

Eu sou o condor desse meu céu, tentando tirar das arestas apenas as destrezas. E eu me sinto inquieto diante dele.
Outro dia me perguntaram:
-Porque você é tão inquieto?
-Ele parece aquelas pessoas que tomam remédio e ficam de lá pra cá, perturbadas...
Apenas revirei os meus olhos com despeito. Mal sabiam elas que eu realmente tomava, não tomo mais por quê me esconderam todos eles. Meus amores, meu vicio. E é falando em inquietude que fico pensando como eu ainda sofro essa crise de identidade, no auge dos meus vinte e um anos. Vinte e um anos descontrolados. Apaixonei hoje, amanha esqueci, gostei hoje, amanha não mais, se estou alegre, estou alegre demais, se estou triste, estou triste demais. E tudo muda em questão de minutos, eu não sei como controlar. Aqui dentro tudo é deslexo, fogo no peito, pimenta no sangue, água nos olhos, áçucar na boca, álcool nas veias, vento nos ouvidos, doce no coração. Ah o coração! O único concreto, estável, sincero e verdadeiro. O que quando te vê me faz pedir arrego, e me faz subir nas montanhas, e pular, e querer voar. E eu não sei se faz frio ou calor, minhas vistas rodam, minha vida roda, o mundo roda, tudo roda. Tento manter firmeza sempre segurando em algum copo, pois neste tal momento só ele e você estão imóveis. Me recomponho conversando com seu silêncio, falo sobre a nossa instabilidade, os altos e baixos, os meus desejos mais secretos. E o seu silêncio me entende, mas eu não consigo entendê-lo. Eu digo também que todos os dias antes de dormir eu penso em mil coisas pra te dizer, mas ao acordar eu deixo tudo de lado. Não sei se por não valer a pena dizer, ou se por eu estar cansado de partir o meu peito contra você. Mas ai você chega com seu olhar diferenciado de completamente todos em volta, você estende eu sorriso, passa a mão no seu cabelo, abaixando a cabeça, depois levantando erguendo a sobrancelha. E eu penso que realmente não tem como não te amar
, todos os meus pelos arrepiam, e eu me sinto um nada diante da sua presença. É como se o céu perfurasse a face da terra, deslocando tudo, me afundando e te elevando pro alto. Isso sim é o que o meu coração concreto pode me fazer sentir, na verdade toda vez que eu me deito inquieto olhando para o meu falso céu, é tudo medo de não conseguir descansar, nem dormir. Pois eu sempre corria pro sonho, e lá você sempre estava, foram os meus melhores... E nos meus pesadelos, era em você que eu buscava apoio quando acordava assustado, incrédulo. Hoje nem sonho eu tenho mais. E me vem uma dor que eu sinceramente nem sei de onde eu tiro tanta força pra levantar dessa cama. é como se a noite viesse e arrancasse toda alegria da terra, e o dia não fosse mais nascer pra renovar a minha alma, inválida, fedida, as moscas. Eu só queria conseguir perfurar o seu coração de pedra e me abrigar dentro dele. Mas eu não tenho as armas certas, nem sou forte o bastante pra isso. Na verdade eu nem preciso que você me ame, desde que você ainda faça eu sentir o que é realmente ter um coração. A única parte verdadeira do meu corpo.

Danilo C.






quinta-feira, 19 de maio de 2011

Playlist da Carol Rath

Ana Cañas - Esconderijo
Nando Reis - Relicário
Ratto - Da Janela Lateral
Los Hermanos - Eu vou tirar você desse lugar
Skank - Tão Seu
Tribalistas - Carnavália
Leoni - Fotografia
Charlie Brown Jr. - Me Encontra
Scorpions - Wind of Change
Boys Like Girls - The Great Escape
The Cure - Boys Don't Cry
Disturbed - Darkness
The Red Jumpsuit Apparatus - Your Guardian Angel
Yeah Yeah Yeahs - Maps
Bruno Mars - Lazy Song
Enrique Iglesias - Tonight
30 Seconds to Mars - Hurricane
Eagle-Eye Cherry - Falling in Love Again
Incubus - Stellar
Mike Posner - Please Don't Go

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sozinho.


Estou pronto pra correr, pronto pra correr da noite. Pois eu sei que é só ela chegar que meus pensamentos em você se intensificam e os incómodos aparecem, a boca amarga, o coração aperta. Minha solidão se estende por todo o quarto, e ela parece não caber mais dentro dele.

Danilo C.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bad day in search of glory.

Ele correu, percebeu que a vida é pra lá de espertinha. Ele correu pelos caminhos de pedra, com suas vistas embaçadas, suas lágrima estavam prestes a sair, em sua garganta havia um nó. E esse nó lhe cegou, e esse nó também lhe causou vários suspiros de auto piedade, e esses suspiros enfim liberaram todas as lágrimas. E ele chora, ele corre, ele não se esconde, ele corre depressa, ele não se omite. Ele veio pelo caminho errado, ele veio pelo caminho dos malditos, dos enfermos, andou sobre o fogo, sobre o barro e se lançou na terra, sujando os seus olhos de poeira. E lá vai ele correr e se trancar em seu quarto, ouvir os seus roques. Lá vai ele se torturar pelas peças que não se encaixam. Coitado! Não sabe ele que só a vida sabe a combinação dessas peças. Ele não sabe secar suas suas feridas, ele não sabe erguer a cabeça e seguir, ele não sabe seguir adiante sem se machucar, ele não sabe, ele não sabe. Se cansou de nicotina, marijuana, cocaína, ecstase, cansou também de todos os seus chás alucinógenos. Cansou de tudo que o faça sair fora de si, ele quer sentir na pele, sóbrio e vivo, ele é estranho, ele é complexo. Cansou de chorar pela cicatriz no rosto da namorada, cansou de seu gato que sempre o observava com olhar de pena, cansou do seu quarto, imundo, fedido e mofado. Cansou de se perder involuntariamente, cansou de assombrar as pessoas com seus sentimentos explícitos, amargurados e a flor da pele, ele cansou, ele cansou. Eu queria poder ajuda-lo, pedir pra que ele deixe a luz entrar, seja do céu, da terra, de alguma pessoa, desde que ele buscasse isso. Eu poderia gritar por ele e perder toda a minha voz, mas ele não ouve, ele não liga, ele não ouve e nem quer ser ouvido. E então ele se veste de luto, vai na gaveta, tira uma faca, se vira pro espelho e aponta a tal faca pro seu peito. Ele diz baixo e devagar: ''Isso não é o fim.''

Uma pena, um covarde, ele se foi...

Danilo C.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Movimento anti-romântico.

Tudo anda tão sem sentido, estranho, tudo tão ruim. Tudo vai passando e uma coisa ainda fica. A vontade de chorar que é a mesma, as vezes nem sai, meus olhos pedem arrego, meu estômago se revira, minhas mãos soam, meu peito aperta. Hoje eu quero, hoje eu vou chorar é pelas vezes em que você procurava pelos meus abraços, e eu resistia de uma forma estranha, eu não conseguia te abraçar de verdade, da maneira que eu realmente queria, embora todos os momentos de sua ausência, eram esses tais abraços em que eu me via, e desejava, e buscava forças. Pois ali eu estava completamente seguro, ali eu tinha você só pra mim. Eu tenho varias coisas pra dizer, essa história não é Bucovica, nem Fanteca, Almodóvica e nem Kubrica. Não tem giletes, nem punhais, muito menos braços cortados. No máximo uma inicial no pulso, feita sob o despeito de uma noite louca e regada a coisas ilícitas. Essa história é meio óbvia pra mim, e eu descrentemente confesso. Eu já sabia onde o seu caminho ia me levar! Bem aqui, no mesmo lugar onde eu dei a partida. Lembro que eu tentava captar os mínimos motivos e transformava em grandes esperanças. Malditos! Malditos pensamentos, malditas luzes que me cegavam, maldito sorriso que você dava fechando os olhos, que eu iluminadamente conseguia sentir o carinho que essa expressão me mostrava. Mas isso não era nada, não significava completamente nada. Seus motivos eram outros, você chegava, deixava sua luz que me confundia, e quando você ia embora, eu confesso. Confesso que eu precisava sarar o meu espírito, eu precisava me curar de alguma forma. O que você não sabe é que eu sempre me trancava no quarto, te chamava de volta e atirava minha cabeça contra a parede. Aliás, cada centímetro dessas paredes tem um pouco da minha dor. E toda vez que eu apago a luz, elas choram o meu sangue. Elas me viram morrer, várias vezes eu me apoiava nelas pra poder me reerguer e me renascer. E eu tenho uma grande mágoa em dizer que eu sobrevivi, infelizmente eu realmente renasci. Renasci só pra te perguntar se ele te conhece de verdade, se ele te conhece como eu te conheci. Se sabe dos seus verdadeiros gostos, dos seus sonhos mais complexos, se ele já tentou acalmar os seus medos, ele pelo menos sabe quais são? E agora eu penso com que frequência você pensa nele. Se os seus suspiros se estendem por ele, se você realmente gosta dele. E agora é aquela hora em que até pra respirar dói, tudo se transborda, tudo aqui dentro de estraçalha. E na verdade eu já sei todas essas respostas, a questão é tentar não ficar se lamentando tanto, Pois essa história não vai ter um fim, porquê ela nunca teve um começo. E eu vou dizer pra mim mesmo que eu segui o caminho errado. Eu já sabia que isso iria acontecer. Não adianta chorar, não adianta surtar, não adianta correr, não adianta sofrer, o jeito é tentar entender...
Concretizo dizendo:

''Todo esse meu amor não significa completamente nada.''

Danilo C.

sábado, 14 de maio de 2011

Play


The kills - Future starts slow
The kills - Alphabet pony
The dead weather - Rocking horse
Beyoncé - Who run the world (girls)
Jennifer Lo-fi - Neveo
Queens of the stone age - Sic sic sic
Lady gaga - Judas
System of a down - Shop suey
Radiohead - 2+2=5

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alento.

Arrebento as cordas vocais, estourando todos os seus tímpanos, fortalecendo minhas fraquezas, solidificando suas certezas...

Danilo C.

domingo, 1 de maio de 2011

Doce tortura.

Eu estava errado em não querer acreditar, quando as pessoas diziam que um dia eu iria sair do chão. Eu realmente saí, por um dia apenas, mas eu realmente saí. Eu saí quando meu mundo se cruzou com o seu de fato. Sua presença, sua conversa, seu sorriso, sua mão macia e branca fora do comum, seu olhar. O seu olhar que me envolveu de uma certa forma desesperadora, seria óbvio eu dizer que o tempo para e que tudo fica em câmera lenta. Mas a verdade é que ele não para, ele passa mesmo, e minha aflição para que esse momento nunca acabe, só faz com que ele vai bem mais depressa. E eu tenho medo, e eu preciso agarrar o tempo com as minhas mãos, para ter esse momento em forma, pra sempre, só pra mim. E eu não consigo, e eu agora sinto raiva de cada minuto, de cada segundo. E eu fico aqui assim te obcecando com meus olhos entregáveis, correspondidos com esse seu sorriso seguro. E tudo vira uma merda, pois agora minha sensação é de glória, de redenção, você me deixa em estado de graça, completamente, definitivamente. E eu não consigo falar nada, nem ouvir e ver nada ao meu redor, é nessa parte em que eu acho que as pessoas dizem que o tempo para. E isso só acumula meu momento de graça, de ecstasy. Mas ainda assim eu continuo desesperado, sinto como se tivesse levado um soco no estômago das suas expressões inseguras. Ao mesmo tempo que seu sorriso demonstra total segurança, os seus olhos me mostram uma grande confusão. Eu me afoguei dentro deles, e eles me apontam uma profundidade absurda. E eu queria saber o que você realmente está pensando, eu queria saber o que você realmente acha sobre cada coisa, e por favor, não me confunda com esse seu sorriso. E eu não sei se estou me perdendo nos pensamentos, se eu não estou falando coisa com coisa. Eu já nem sei se o tempo parou e eu corro depressa, ou se ele passa bem rápido e eu estou andando bem devagar, eu só sei que aqui eu estou bem. E ficar aqui dizendo sobre o que você me transmite me deixa bem fora de qualquer problema, pelo menos temporariamente, eu acho. Pois eu sei que depois tudo pode desabar, e não adianta completamente nada, porque eu não te tenho por perto. E eu tenho as minhas cicatrizes incuráveis e você também tem as suas. Eu só sei que no momento em que nos encontramos e lavamos nossas feridas, a minha maior sensação era de como se no mundo real não existisse nada de ruim, como se não houvesse feridas, nem dores, nem lágrimas, nem nó na garganta, nem morte, nem purgatório e nem inferno, Pra mim era como se só existisse o paraíso, um paraíso em que nele só você habitava. Que eu tive a tremenda sorte de invadir...

Danilo C.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vide

é o que todos precisam....

Danilo C.

terça-feira, 26 de abril de 2011

S.

Ele se envolve de uma certa maneira errada, ultra peculiar. Ele se entrega conforme o ritmo da situação. Ele cuida, ele protege, ele toma pra si. Ele também tem desejos surreais, pode ir além do que você pode imaginar, determinando o seu próprio estado de sentimento. Ele ama, ele ama de um jeito puro e verdadeiro. Já sofreu sim, já andou na corda bamba, poucos sabem que ele ainda anda! Já correu, já cruzou de um país a outro, levando consigo uma péssima cena em seu coração, maldita decepção. Mas ele consegue esconder através do seu olhar que confunde, seu olhar ressaquiado concreto de certezas que ele busca. Ele também engana! Engana com seu sorriso largo, e ai de quem se concentra nele, pois pode ter a má sorte de cair em suas graças, muitos dizem isso por aí. Mas dentre tantas coisas certas e concretas mostradas em sua personalidade, eu consigo notar sua grande confusão que abala seus pensamentos. Tudo começa pelo seu rosto jovial que não aponta seus vinte e seis anos vividos, sua maturidade vem mostrada por suas palavras, ele também vive, ele também chora. E ele chora por achar que não viveu nada... Um grande engano dele!

Danilo C.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lá de dentro.

''Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
''

Não, eu não consigo correr contra a maré. A noite não entra em glória, existe um terremoto incontrolável intrigando meu estado de espírito, tem um nó na minha garganta, esse nó se enrrola embaraçando no meu peito, e eu me afundo, e eu me afogo. E eu penso em você aí, quase longe, longe de mim, longe de onde eu não posso se quer chegar perto. Eu sinto uma grande pena por tudo ter chegado onde chegou. Eu não sou sem coração, eu não sou chucro, eu não sou baixo, eu não sou vilão! E essas palavras saídas por sua boca não saem do meu pensamento, tudo pesa, e eu preciso te dizer que eu não sou nada disso, eu não mereço a tristeza eterna. Mas você tem seus motivos de não querer mais chegar perto de mim, eu só não quero que confunda meu desespero com maldade. Eu não sou esse nojo de pessoa que você está pensando agora, e eu nunca fiz nada por debaixo dos panos, nem pelas costas, nem no escuro, todos os meus surtos e reações de impulso foram feitas na sua frente, eu sempre joguei a pedra e mostrei a mão. Eu errei, e errei muito, eu estou amargamente arrependido. Eu não sei pra onde correr, eu não tenho pra onde correr. Você faz parte do que eu sou agora, e eu não sei me virar sozinho, não sem você. E eu espero que essa sua raiva passe logo, bem depressa, e que você entenda um dia essa minha reação, meus surtos e minhas fraquezas. Me sinto culpado, me sinto jogado pelo chão quente no asfalto, dói muito toda vez que o telefone toca, pois eu sempre tenho a maldita ilusão de que possa ser você dizendo que me perdoa. Eu já fiz o que tinha que fazer, eu já não sei mais o que fazer, eu assumi o meu erro, pedindo minhas sinceras desculpas. Sei também que nada vai adiantar. Realmente é uma grande pena, e me dói bem mais pensar que seu abraço sempre vai estar nas minhas lembranças, o abraço que me complicava, e eu tremia as pernas, e a fala, e eu perdia o controle, perdia tudo, parava o tempo, parava os minutos e os segundos. Seu abraço me sufocava e eu tinha a grande certeza que era ali que eu queria ficar, que ali eu precisava ficar, ali eu queria morrer e dar o meu ultimo suspiro. Seu abraço macio corrompia minha carne, enfraquecia todos os meus ossos. Você estava presente em todos os momentos da minha vida, digo que nos melhores, em presença ou em pensamento. Eu via o seu reflexo até em minha própria sombra, intacto. E eu caía e dizia: 'Cola na minha tristeza, preencha minha solidão, mude minha vontade de não sair desse chão'. O seu cheiro, o seu cheiro se impregnava em mim por dias, e eu me sentia totalmente obcecado por ele, Ainda sinto! Limpo o espelho agora, tentando mudas essa minha aparência morta, mas nada adianta, e eu não vou mentir dizendo que eu me desconheço, pois eu sabia que se um dia isso acontecesse, eu estaria aqui, assim. Se eu pelo menos soubesse que uma mínima parte sua me perdoa, que realmente sente minha falta, eu estaria bem. Eu não fiquei louco, eu não preciso me tratar, pode ser hipocrisia ou sei lá o que, digo apenas que eu vacilei, por um minuto de raiva e transtorno. E me corta o peito ficar relembrando todas as palavras ditas por você, pois sei que agora não tem mais jeito, a merda foi feita, e o tempo não tem mais volta pra eu concertar tudo que eu fiz.
Eu sinto muito!

'Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar'

Danilo C.



domingo, 24 de abril de 2011

Borderline

Segura a própria mão, não adianta contar até dez, até quinze ou vinte. Pois quando você vê, o peito queima, rasga, rasga a carne viva, o coração explode levando até a cabeça as reações mais ocultas e perplexas. E o chão vira fumaça, o céu estremece, tudo roda, uma enorme cegueira contagia aquele momento. Deixando bem claro quando passa, que o estrago foi bem feio. Se tem um momento meio/quase final feliz? Não! Concerteza não tem! Pois a gente corre, a gente corre em um beco sem saída, a gente cava o nosso próprio buraco, a gente enterra nossos próprios ossos, a gente corre sem pensar se realmente existe alguma saída, a gente machuca, a gente fere todas as bolhas dos pés, a gente corta o pé, a gente rasga. A gente corta a cabeça, a gente não sente as pernas, por mais que elas corram o mais rápido que podem. A gente perde o controle, saí da rota, não se sente também os braços, nem as mãos. Só se sente a cabeça, trágica, destoada, na verdade só existe ela ali, pesada e liberando suas reações mais sujas. Seguro a própria mão, ao abrir os olhos eu realmente me arrepende ao não ter contado até dez. E não importa o gosto de sangue, as mãos feridas, as palavras jogadas lá fora. E tudo é uma questão de saber lidar, saber levar adiante, numa boa. Eu sei que um dia toda essa dor vai sumir do meu peito. Eu só queria tirar com as minhas próprias mãos, sem medir forças, logo. E que não seja eterno enquanto cure, que nem fique cicatrizes, preciso de soluções, soluções imediatas. Eu sou uma urgência agora. E se valeu a pena? Eu só digo que... Nunca espere pelo significado da palavra reciproco!

Danilo C.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Play


The dead weather - Rocking horse
The dead weather - Die by the drop
The kills - Superpowerless
The stooges - I wanna be your dog
Jennifer lo-fi - Troffea
Arctic monkeys - Pretty visitors
Arctic monkeys - My propeller
Black drawing chalks - My favorite way
Karen o. and the kids - All is love
Los hermanos - Ultimo romance
Los hermanos - Primavera
David bowie - Lady grinning soul
David bowie - Rebel rebel
Vanessa da mata - Não me deixe só

sábado, 16 de abril de 2011

Meu nome é Bruna.

Tenho mil desejos, incontroláveis posso alegar. Eu preciso e necessito das coisas do jeito que eu quero, na urgência que eu determino, da forma mais completa, embolando minhas tristezas. Necessito também de boas e completas pitadas de drama, pois elas me deixam mais viva, no momento delas eu me sinto em ecstase. Se não me entendem eu logo contradigo com meu estridente sorriso acolhedor. Eu gosto do gasto, gosto de dores, aprendo, aprendo muito, aprendo muito a cada dia, também sou de clamores, eu vivo pelo amor. Eu sou o amor, sou aventuras, sou alegrias, sou risadas concretas e certas, que preenchem meus cúmplices de certeza. A certeza de que onde eu estiver, eu estarei levando emoção e coragem, para quem estiver ao meu redor.

Danilo C.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

pode ser.

Meu azar, minha falta de sorte, meus caminhos errados. Tudo deve ser culpa da minha falta de atenção logo de manhã, ao calçar sempre o pé esquerdo primeiro...

Danilo C.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

na carne viva .

''The triumph of a heart - that gives all : that gives all
Smooth soft, red velvety lungs are pushing a network
of oxygen joyfully through a nose, through a mouth,
but all enjoys, all enjoys
...''

Para começar, eu só queria te agradecer por você ser o que você é. Pois você preenche completamente o meu mundo com sua luz. E eu não sei se com o tempo diminui ou aumenta. Nem ligo, o importante é que é, que está aqui, vivo, vivo mesmo depois de todas as cicatrizes causadas pelos meus vários tombos, tentando cruzar o seu caminho, tentando encontrar cada pista certa, na minha maneira de enxergar as coisas erradas. Talvez foi ai que eu comecei a me apaixonar violentamente, eu também não importo se você não me entende, isso já faz parte de mim. E também vem de mim dizer tudo sem nenhum retorno, na verdade eu nem espero. A única coisa que realmente me preocupa é o quanto você ocupa todos os meus espaços, e todos eles realmente precisam de você por perto. Você atordoa todos os meus pesadelos, jorra alegria nos meus sonhos mais doces, pode ter certeza que você está aqui em todos os momentos, mesmo eu te guardando no meu bolso, ou nas minhas estúpidas memórias de seu sorrido meio-impuro-meio-casto. Pois é ele quem deixa minha alma em triunfo, faz ela seguir, viver...
E nos seus momentos de fraqueza, eu queria que você acreditasse nas minhas sinceras palavras e que de alguma forma elas te fortalecessem. Você me tira dos poços mais escuros, eu já consegui fugir de vários becos sem saída seguindo a luz do seu sorriso. Acredite, foram muitos momentos gastados, coração partido, choro isolado. Você conheceu meu lado mais monstruoso, presenciou vários surtos. Pensarei se tudo vai passar assim, sem eu ter o que eu realmente quero. Mas saiba que mesmo de uma forma não direcionada, você me salvou, salvou em muitos momentos. E mesmo me sentindo completamente viciado em você, um dia eu posso enlouquecer e querer botar tudo a perder. E se me ver por ai, desconexo da sua vida, ao passar por mim, por favor, estenda esse seu seu sorriso. E devo dizer ainda que eu sempre estarei aqui, pensando nele.

'The triumph of a heart - that gives all : that gives all'

Danilo C.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

501 parte 1

1- seu sorriso incomparável
2- seu olhar destruidor
3- seu queixo gordinho
4- sua risada estranha
5- seu cabelo projetado
6- o jeito que você fuma
7- você dança muito mal
8- a maneira que você conversa
9- suas conversas
10- seu mistério
11- seu beijo
12 - sua inteligência
13 - sua solidão
14 - sua risada maléfica
15 - a maneira que você despreza
18 - o jeito que você passa a mão no cabelo
19- o jeito que você se olha no espelho
20- o quanto você se olha no espelho


Danilo C.

Libertar

Que brilhem aqueles caminhos, que brilhem aqueles caminhos que eu não consigo enxergar.

Danilo C.

psycho killer of corta pulso


The Cure - Lullaby
CallmeKat - Bug in a web
Cat Power - Maybe not
Blue Foundation - Eyes on fire
Arcade Fire - Neon bible
Jennifer Lo-fi - Ovos
Bjork - Triumph of a heart
Radiohead - Climbing up the walls
Regina Spektor - Long brown hair
Lykke Li - Love out of lust
Beck - Go it alone
Pixies - Hey
Elliott Smith - Between the bars
Los hermanos - Pois é
Júpter Maçã - As tortas e as cucas
Pitty - A sombra
The Mars Volta - Televators
Pink Floyd - Hey you
PJ Harvey - Who will love me now
Little Joy - Evaporar

domingo, 10 de abril de 2011

Enfim.

Pois eu te amo, eu te amo mais que tudo, eu te amo de uma forma estranha, eu te amo por sua boca me fazer tremer as pernas, eu te amo por seus olhos me atirarem pelo chão, eu te amo porque seu abraço é tudo que eu preciso, eu te amo de uma forma exata, eu te amo do jeito que eu precisava te amar, eu te amo do jeito que eu posso te ter, eu te amo pelo que você é...

Danilo C.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tudo de mais profundo que eu conheço vem dos seus olhos

As vezes eu me retorço diante do seu silêncio, você se cala com esse seu maldito olhar, e parece estar em outro mundo, fora da rota, fora daqui. Isso atordoa a minha tranquilidade, queria gritar e quebrar todo o seu silêncio frio, pois isso me sufoca, me mata. Tento me conter observando seu corpo, seu corpo que já não é novidade nenhuma. Eu já joguei todos os seus detalhes ao vento, detalhes seus que eu guardei como se fossem meus, eis aqui todo o motivo pra eu querer te proteger obsecavelmente. Mas eu te protejo imóvel, inválido, apenas com meu olhar. Como quando você dorme e coça o canto da sua boca, e isso me preocupa, pois eu tenho medo que você possa machuca-la. E eu não entendo, eu só posso ser louco, louco pra depois de tanto tempo ainda 'morrer' de felicidade ao te observar assim. Eu não sei o que acontece, eu queria tapar todo o sol que queima sua pele, fazer evaporar tudo que te afeta, entrar em sua mente e te livrar de qualquer pesadelo, exaltar tudo que faça você estender esse seu sorriso de sol, depois te abraçar bem forte até que você quebre todos os meus ossos, que nos dias de domingo eu te beije com gosto de ressaca, e descreva tudo o que você viveu na noite passada, ou retrasada. Que seus lábios macios adocem minha amarga realidade. Poderia falar também das pernas, ou das suas mãos massivas, poderia falar o quanto eu amo o seu jeito de não se importar com as coisas, que na verdade você até liga, só que nunca demonstra e faz tudo parecer tão banal...

E aconteça o que acontecer, enquanto eu sentir, enquanto o seu olhar me afundar, eu vou compartilhar!

Danilo C.

domingo, 3 de abril de 2011

My bear

Se eu tivesse o seu abraço frequentemente, noventa por cento dos meus problemas estariam resolvidos...

''hold me, hold me tight my little bear''

Danilo C.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Play

Bad brains - Banned in DC
Bad brains - Pay to cum
Dead kennedys - California uber alles
Queens of the stone age - Little sister
Fresno - Porto alegre
Jennifer lo-fi - Troffea
Jennifer lo-fi - Bacon
Thiago pethit - nightwalker
Arctic Monkeys - Old yellow bricks
At the drive-in - One armed scissor
Pitty - Comum de dois
The dead weather - I can her you
The dead weather - Blue blood blues
Cachorro grande - Dance agora
Andrea Martins e o imperio dos sonhos - Não há
Andrea Martins e o imperio dos sonhos - Tanto mar
Canto dos malditos na terra do nunca - Disfarçar
Radiohead - Lotus flower
Rihanna - S&M
Pj harvey - Down by the water
David bowie - Rebel rebel
David bowie - Changes
Yeah yeah yeahs - Honeybear
Blur - Song 2
Nirvana - Lithium
Velvet underground - Venus in furs

domingo, 27 de março de 2011

Sem drama.

Domingo, coisas boas no ar, e eu não preciso de nada mais...
Sem drama por hoje!

Danilo C.

quinta-feira, 24 de março de 2011

No sonho...

Esse seu rosto que me embaraça, me alcooliza e me pede mais negligência. Frio e calculista me mantenho parado esperando a próxima dose do seu olhar. Próxima dose que me arde, que me queima, me sopita, sopita como sua boca. Boca vermelha e ipermeável, i-n-s-u-p-e-r-á-v-e-l. Me afundo, suplico, escrevo seu nome no ar, procuro seu rosto 'marcante' nas benevolentes margens das nuvens. Rosto incerto, que me joga no asfalto, no chão quente, na beira da morte, que me faz querer cortar os braços, não, melhor, que me faz querer quebrar as duas pernas. E eu quero correr, correr no caminho mais longo, disparado, e que o vento tome conta do meu rosto, e eu quero correr só pelo prazer de me sentir leve, bem mais leve. Tem uma orquestra desgovernada dentro da minha cabeça agora, confundindo os meus ouvidos, macetando minha alma. Tem uma senhora de capa preta se apoiando em meus ombros, ela sussurra em meus ouvidos me dizendo pra eu não me confundir com esse olhar. Mas tem um anjo me puxando pro alto e ele não veste branco, veste azul... Eu hoje acordei num medo estranho, medo de te perder, te perder da única forma que eu tenho. Eu hoje acordei com medo de que você vá embora e me esqueça. Eu só queria ter a metade da importância que você tem pra mim. E que onde você estiver, você se lembre por pelo menos dois segundos de mim.

Danilo C.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tenha pressa

Carolina dá uma brecha
Pedro tinha pressa
seus caminhos eram tortos
difíceis de ser encostados
feridas, idas e vindas
como poderiam se esbarrar?
Carolina muda fácil
seu humor nunca ajuda
Pedro insiste, persiste
mesmo sabendo que pra isso
ele teria que desconectar
desconectar vidas
desconectar pessoas
essa história não tem final feliz
desconectar vidas
desconectar pessoas

Danilo C.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Last Friday Night

Eu quis sair por ai, quis sair por ai pra te encontrar, de fato te encontrei. Entre luzes, pessoas, presentes e passados, meu mundo desabava em camera lenta, sem fôlego, meu peito jorrava de dor, estranhamente foi como se tivesse levado um coice no estômago. Perdido, fui fixando minhas pesadas vistas em seu rosto, seus olhos ressaquiados, suas expressões bem claras, sem mistério algum, bem expostas, explicitas, diretas, seu queixo redondinho. Sua boca fala: Enfim, minhas boca fala: Você é do jeito que eu imaginava. Você abriu aquele sorriso sóbrio, com clareza, limpando minhas vistas nubladas, abrindo meus sorrisos mais ocultos, eu te abracei... Dentro de mim tudo rodava, sabe essas ondulações dos seus cabelos? Eu me afoguei em todas elas. Você parece viver em uma grande confusão, isso me encanta, mas o melhor é que eu consigo enxergar todas elas, pois seu rosto te entrega tudo, completamente tudo. E eu estou perdido, eu já nem sei o que acontece, eu já senti isso uma vez antes e eu sei que tudo tende a piorar. Eu não posso deixar tudo a perder, me ajuda a querer ficar, me ajuda. Eu corro mundos, quebro meus cofres, rezo as orações que você me pedir, mas por favor, me ajuda a querer ficar. Eu estou em catarse, 'quase' tudo me chama, eu quero te deitar no meu colo pra poder escutar sobre o seu dia, eu quero me surpreender e ver que você dormiu bem aqui onde estava, eu quero te acordar e te mostrar o quando o dia está lindo lá fora, e eu sei que o céu vai estar gritante, quero acender um cigarro só pra te observar com calma, quero também que você o tire da minha boca e mande eu parar de fumar. Que a noite chegue e a gente se encaixe, que eu conheça os seus gemidos mais roucos, que eu morda seu queixo chamativo até você pedir pra parar. É, você me despertou algo que eu nem esperava sentir mais, me mostre sua vida, que eu te mostro a minha, me conte com quem você dormiu na noite passada, me diga sua cor preferida, eu quero saber se você também prefere o azul, eu quero saber de todos os seus gostos, também te contar os meus. Só não mecha em meu armário, pois nele abriga varias cartas, bilhetes e poemas destinadas a outra pessoa. Mas se quiser eu queimo todas, queimo todas pra assim poder começar a nossa história... E não me olhe mais daquele jeito, eu não sei até que ponto eu posso delirar.

PS: I'll wait...



Danilo C.

terça-feira, 15 de março de 2011

Rápido

Acelera essa porra deste carro, faça meu coração disparar, aumente o volume no máximo, estoure os meus tímpanos, quero sentir minha cabeça vibrar, quero sentir nossas vidas pairando no ar. Eu junto as peças, quebro as regras, piso nos cacos... Eu preciso de um gole, pois a muito tempo eu não te escrevo, não falo sobre os seus olhos vermelhos, meus queridos olhos vermelhos, amargos de insatisfação, que sempre me tiram do chão. Me de a mão, olhe nos meus olhos e não me deixe mais ir embora.

''I will shake myself into your pocket
Invisible, do what you want, do what you want
I will shrink and I will disappear
I will slip into the groove and cut me up
And cut me up
''

Danilo C.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sem título.

As coisas poderiam ser mais calmas, tão bem mais calmas quanto sentar na mesa pra tomar uma xícara de café, ou quando a tempestade vai embora e a gente abre as janelas, só pra observar a chuva caindo de fininho. Isso é o que eu pensava antes, antes de estar aqui, deitado ao seu lado e te vendo dormir, e por mais que eu esfregue os olhos, ou me belisque por inteiro, isso não é um sonho. E agora eu realmente sei o que é ter calma, ver você ai assim, suspirando calmamente, e eu aqui deslizando o meu olhar cético por seu queixo pontiagudo, levemente sensual, deslizando meu olhar lúdico por sua boca impressionantemente vermelha, sua boca intacta, imóvel, perfeita, repito, perfeita. E te ver aqui assim, é como se noventa por cento dos meus sonhos tomassem forma, e eu suspiro, me reviro, me estrago e me fortaleço. Lembro de todas as vezes que coloquei meu rosto no travesseiro, pra tapar o meu choro e ninguém escutar, e é realmente muito estranho você aqui, dos meus sonhos pro ápice da minha realidade. Queria poder dividir o meu choro, o meu choro que na verdade nem sai e nem quer sair, mas também não poderia estragar esse momento, nem perder nenhum segundo de você aqui dormindo tranquilamente. Pode ser masoquismo, tortura, presente, sonho, devaneio, peça que o destino prega, esse momento é meu e eu preciso guardar, e só não sei se agora eu estou ou não no fundo do poço, imóvel com essa imagem, nem tenho cabeça pra pensar. Você, meu tropeço, meu pé na porta, meu anjo, minha vista grossa, meus sonhos, meus pesadelos, meu choro alto, meu choro baixo, meu sorriso, meu sorriso leve, meu sorriso ensolarado, meu sol, minha força e minha fraqueza. Sonolento, eu sigo a tropa dos seus cabelos, não deixando de lado também sua boca meio aberta, deixando a mostra seus dentes da frente quase separado, que eu acho o máximo. Meu medo agora é você acordar, sua miopia me confundir e você sair por esta porta. E eu queria torrar todo o meu dinheiro agora, com cigarros e vodka, só pra comemorar todos os porres que tomei desejando sua presença, sua presença aqui imóvel, eu não ligo se enquanto você dorme, você sonha com alguém, eu não ligo pra quem você sonha, ou deseja enquanto dorme, ou pede a Deus antes de dormir, o que importa é que agora você está aqui, só pra mim. Também não me importo em me rastejar ou beijar os seus pés, lamber o seu chão, nem engolir os tantos nãos que eu sempre recebi de você de cabeça baixa, nem em acreditar que quem procura não acha. Eu só quero pensar no agora, pois agora parece que o mundo inteiro dorme, mesmo com o dia acordando, nesse momento ninguém existe, completamente ninguém, apenas eu, seu corpo e a solidão deste quarto. Se agora eu tivesse que fazer um pedido, eu iria pedir que você não acordasse agora, não acordasse e visse a minha maldita cara de bosta aqui te olhando, entregavelmente...

Danilo C.

sábado, 12 de março de 2011

m-o-d-i-f-i-c-a-r

E é três, dois , um... Pra tudo se desmoronar de vez e eu literalmente me acabar na sarjeta, a questão é não ligar pra não afetar, repito, a questão é não ligar pra não afetar. Aqui dentro borbulha como um vulcão prestes a entrar em erupção, essa insatisfação inacabável que nunca tem um fim, eu talvez saiba achar a solução, mas meu lado passional fala bem mais alto, me fazendo não enxergar completamente nada. E por favor, me dê um prozac, morfinas e afins, só assim pra eu conseguir me manter no suposto controle. Agir, não pensar, agir, m-o-d-i-f-i-c-a-r. Mas como começar agir? como não pensar? como agir? como modificar? Meu Deus onde eu vou parar? Eu preciso deliberar toda a minha raiva, tesão e afeto por essas letras que se despejam por este papel amassado, preciso encontrar alguém que me olhe nos olhos de fato, me ofereça um cigarro, e gema de verdade nos meus ouvidos. Eu também preciso parar de fingir e seguir o meu caminho, preciso eliminar de vez essa inquietude que me estraga completamente. Com ou sem nexo, tanto faz, no momento eu só quero dormir, dormir e dormir, só assim pra me esconder um pouco de mim mesmo. E foda-se se hoje é sábado!

Danilo C.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Até os meus pés sangrarem.

Sua beleza, eu me prendo na sua incrível beleza, seu tom natural, sua boca vermelha, seu cabelo vibrante, eu realmente me prendo em sua beleza. As vezes eu me sinto jogado em um túnel, no breu, só vejo uma luz lá no fim, caio em mim quando percebo o seu sorriso gritante, reluzente, vivo, intacto, incomparável, inconfundível, seu, só seu. E eu não me canso de falar, de bater na mesma tecla, eu queria saber expressar, eu não sei se eu consigo expressar, mas eu vou continuar tentando expressar, até o meu último respirar. E eu perco a fala, eu perco as pernas, mas ganho asas, asas que me levam, me levam no seu céu, no seu céu que me deixa vivo, que me reflete coisas boas, me traz um gosto bom de um clima cinza e chuva fina. Eu gosto disso, eu preciso disso, eu vou estar bem, eu vou estar vivo, desde que você estenda sempre esse seu sorriso.

Danilo C.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Remanescente

Me desdobro tentando manter o equilíbrio e a calma, na minha falta de equilíbrio caí de joelhos ao chão. Fico aqui pensando sobre algumas propostas que se relançam por acaso, e que sempre vou lá e faço acontecer, mas o problema é que sempre me falta algo, e isso me acaba. Me desdobro pensando que são apenas mofos nas gavetas da memória, mas isso não é tão insignificante a ponto, eu não posso ser tão hipócrita assim. Minha cabeça diz que é hora de desfazer alguns laços, só que meu coração está bem decidido, deu vários nós nesses laços para não haver nenhum tipo de tragédia, pois eu sei que seria isso que ia acontecer. Os choros? Eu gosto, os guardados são os melhores, me livro deles quando tento esconder a minha dor imaginando a dor dos outros, eu sei que isso não me faz sentir sozinho. É uma loucura, uma parte minha quer te ver bem longe, não quer ver nem rastros, te odeia e sente uma magoa terrível, outra parte te quer aqui sutilmente, deitados rindo da vida, ouvindo suas historias e seus segredos. E eu acho que é assim que eu prefiro, pois assim eu posso olhar a forma que você suspira, separar os seus sorrisos, e morrer de felicidade por dentro, pois por fora eu sei que eu não consigo demonstrar o quanto eu me sinto bem quando você está por perto.

Danilo C.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tenho

A gente caminha por lados errados, a gente grita de desespero, a gente arranca todos os cabelos da cabeça, a gente ama, a gente ama até de cabeça para baixo. Me causa um estranho frio na barriga, levando-me da tontura ao choro resmungado, eu não estou desmembrando nenhum tipo de sentimento bom, é que meu momento não está pra bossa nova, e como o dia de hoje eu estou, cinza. E eu não preciso que a primavera que se guarda dentro de mim tome conta dessa nébula, não agora. Eu só queria me manter firme, apenas firme, firma como meu corpo sobre o seu jogado pela cama, firme como minha precisão ao varrer com o pé os objetos jogados no chão, antes que você chegue, firme como o corte no meu pulso com a inicial de outra pessoa, e a minha precisão é tão urgente quanto a lamina que corta, firme como nossa relação de ex-colegas para cúmplices, tão firme como eu sempre te digo que não quero te soltar. Pois eu preciso que alguém me mantenha no chão, não quero ter que viver relutando por um sorriso que cega meus olhos, atordoa minhas ideias e decepa minha cabeça, eu preciso me desprender, u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e, preciso não perder o controle, mais do que já está perdido. Eu sei que estou longe de saber o que é completude, mas queria ter controle o suficiente para controlar meu último suspiro, minha ultima palavra, meu ultimo adeus, para que seja de fato o ultimo adeus mesmo.
As coisas poderiam ser tão bem mais fáceis, mas pelo menos eu tenho alguém por perto.

Danilo C.

Certamente falando

Impressão é uma questão de escolha...

Danilo C.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Folha seca

Um ano, um ano se passou, um ano se passou desde que eu me perdi, um ano se passou desde que eu me perdi em seus braços, um ano se passou desde que eu me perdi em seus braços por engano, um ano se passou desde que eu me perdi em seus braços por engano e cometi o pecado de me perder de mim mesmo, me perder na sua beleza, me perder na sua boca estonteantemente vermelha, me perder no seu mistério, me perder no seu jeito, me perder no seu caminho que não cruza o meu, me perder no seu caminho que me jogou pedras, me feriu, e eu insistentemente pinguei azeite nas feridas, tudo por prazer, prazer de estar sendo bombardeado por esses seus detalhes. Fui tentando me manter no chão, lembrando daquele momento, aquele momento bem mais meu que seu, fui também em escondendo atrás dos meus medos, não conseguia olhar dentro dos seus olhos soturnos, sutilmente, fui descobrindo sua pessoa, pessoa incrivel, pessoa fabulosa, pessoa fantastica, e isso me contorcia, conheci seus gostos, me mantia presente, descobri quinhentos e um motivos que me chamavam em você, bebi o mundo, depois confabulava os meus porres comigo mesmo, todos no dia seguinte jogado ao chão do banheiro. Eu te olho e penso o quanto eu tinha a compartilhar, se você ao menos deixasse eu desmoronar toda minha raiva, felicidade, tristeza e desejo que se acumularam com o passar do tempo em seus braços, talvez eu me sentiria bem, e eu as vezes estou longe de saber o que é isso. Algo ainda brilha aqui dentro, buscando a sua infinita e definitiva luz que me cega, e eu queria não saber que eu sei que você faz meu coração acelerar. Eu não sei se deixo de lado, vivo e deixo pra pensar melhor depois ou se tento matar isso de uma forma mais urgente, mas eu sei que é só você chegar e todos os meus planos são jogados pro alto. Eu até já consigo lidar com isso, só preciso que meu coração bata mais devagar, pra eu poder mostrar a tranquilidade que eu queria estar.

Danilo C.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Hoje

Estranhamente, hoje acordei com seu sorriso em meu pensamento, eufórico eu me lembro de que toda vez que te vejo, eu fico certo de que tudo que reluz é ouro sim. Me desculpe, eu tento me encantar com outras pessoas, mas ninguém me impressiona o quanto. Hoje eu tentei fugir, talvez se eu sumisse e te deixasse, ai você estaria livre, também posso estar errado, mas só sei que eu preciso continuar. Confuso, não sei se te amo ou te odeio, pois essa boca me reflete meus medos, mas também inspira minha arte. E nesse tédio eu imagino sua cara de tédio, tão interessante que faz do tédio uma coisa qualquer, e eu nem lembro mais o que é tédio, e eu me reviro em uma confusão. Pois eu sei que quando eu te vejo sua beleza insiste em prender minha atenção, eu até tento disfarçar. Pensei em mandar flores, mas todas que eu peguei cortaram os dedos, há sangue aqui por todos os lados.
Eu não sei onde tudo vai parar, ou que lado eu realmente vou seguir de fato, minha ausência de perspectiva desliza minha imaginação pelo seu queixo pontiagudo, me acordando e deixando meu ceticismo bem mais intenso. E eu vou me perdendo em sua luz, que me cega mesmo sem sua presença.
Mas é só tentar me controlar, pois eu sei que pra você isso não significa completamente nada.

Danilo C.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nebula

Uma grande interrogação
paira sobre sua cabeça
bloqueando meus pensamentos
de qualquer pensamento bom
fugindo disso, eu corro
procurando leveza e clareza

Danilo C.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Feeling Good

Me perdendo eu vou vivendo.

Danilo C.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sozinha

Todo dia acorda na certeza de que vive em um filme, eu arrisco dizer que em algum de Almodóvar. E ela quer ser protagonista, intensa, nostálgica, vivida e curiosa. E lá vai Catarina mais uma vez com seu copo de conhaque babado, descobrir o que a noite tem a lhe oferecer, pede um isqueiro aqui, doa um cigarro ali, vai em busca de sua vítima da noite. Sim, ela quer se sentir viva, se entrega, vai a procura de alguém a todo custo, entra em becos, ela nem liga para a dor que o salto faz. E tudo isso segundo ela, é pra espantar o fantasma do seu grande e único amor, que atordoa, que devora, que devora ela em lágrimas. E a noite passa como um estalar de dedos, e mais uma vez Catarina acorda sem saber onde está e com quem está. O rapaz a pede para levar em casa, mas ela responde:
- Eu sempre volto sozinha!

Esperta ou não, ela sabe o que é viver.


Danilo C.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Confabulando

Mas me abrace, eu peço que por favor me abrace bem forte, que esse abraço fique eternamente guardado aqui dentro, pois eu sei que você irá embora um dia, que esse abraço também me conforte na sua ausência. Isso é tudo o que eu penso enquanto você fala e essa sua boca avermelhada decepa minha visão e minhas ideias. De pensar que há um ano atrás essa boca de um tom duvidoso e marcante me intrigava, e eu embriagado imaginava e ensaiava dentro de mim mil desculpas para me aproximar e roubar um pouco de sua atenção. E eu tentei, e foi terra, ar, fogo e água. Terra: Seu vocabulário despertava em mim um gosto de mistério, pois naquela terra eu queria me afundar e desvendar tudo o que havia por trás daquela mente brilhante. Ar: Me fez fez descobrir que o sobrenatural existe sim, e que voar realmente é possível. Fogo: Aquela boca me queimava e eu aprendia a gostar de brincar com fogo, sem medo de ser totalmente queimado, sem medo de qualquer consequência drasticamente falando. Água: E como tudo tem seus grandes pesares e dura pouco (bem pouco/uma noite) me afoguei e morri. Morri de tristeza, morri de vontade, morri de carinho, morri de desejo, morri de transtorno. E nada disso eu digo da boca pra fora, pois me desperta coisas estranhas, eu vejo uma chuva de algodões e estrelas cadentes se rasgando do céu e trombando, caindo aqui no chão. Eu posso ter várias pessoas em mente, me relacionar com algumas, mas é você quem me estremece, é você quem me faz respirar, transpirar e escarrar intensidade. é você quem desperta o meu melhor lado.

Danilo C.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Playlist do Daniel Moraes

Sometimes (I wish) - City and colour
Comin' home - City and colour
Mr. Writer - Stereophonics
Ball and biscuit - The white stripes
Catch hell blues - The white stripes
Heartless - The fray
Heart-shaped box - Nirvana
Simple man - Shinedown
Heartbreaker - Led zeppelin
November rain - Guns n' roses
Dig - Incubus
The unforgiven III - Metallica
Through glass - Stone sour
Can't you hear me knocking - The rolling stones
Matchbox - The kooks
What do you want from me - Pink floyd
Ashtray heart - Placebo
I'm outta time - Oasis
Wake up - Rage Against the machine
Matchbox - The kooks
Live and let die - Wings
This could be anywhere in the world - Alexisonfire
Duality - Slipknot

Ninguém pode se mover até cruzar o chão.

penso, repenso, trago, flutuo, enlouqueço, suplico, sem pensar, volto, estremeço, queima, depois escorre e dentro de mim congela.

Danilo C.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

08/02/2011

Não solte minhas mãos, não deixe que o tempo te leve de mim.

Danilo C.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Playlist do João Miguel

A-ha - The blue sky
Audioslave - Heaven's dead
Beatles - I want you
Bon jovi - Ugly
Jimi hendrix - Little wing
Led zeppelin - Since i've been loving you
Oasis - Live forever
Pearl jam - Black
Pink floyd - The great gig in the sky
Queen - Made in heaven
Red hot chili peppers - Strip my mind
Sex pistols - Problems
Stereophonics - Devil
The doors - Touch me
The killers - Jenny was a friend of mine
The kooks - Nave
The rolling stones - Under my thumb
The smiths- Bigmouth strike again
The strokes - Automatic stop
U2 - City of blinding lights

Clementina

sinta-se na graça da graça
quando a moça passa
cabelos ao vento
desgrudando meus olhos
do tédio pro alento

Danilo C.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que foi intenso, sempre será.

Bebo tentando estagnar o meu espírito, saio da rota, embaraço minhas vistas, me perco, respiro esse calor insuportável, caio em mim quando te vejo aqui, quando inesperadamente percebo que seu cabelo continua impecável, percebo o seu queixo repuxado, pensando como não tinha notado isso antes. Caio também em graça com sua presença aqui, só para mim, surtaria se você fosse embora agora, deixa eu te olhar pelo menos por mais Março, Abril, Maio, Junho e Julho. E enquanto você fala, sua boca me chama, e porque eu não posso desfrutar dela só por esse momento? Vai te ferir tanto assim? Eu queria jogar tudo para o alto agora e te beijar sem medir esforços, mas eu não posso e nem sou louco ao ponto de interromper suas palavras. Que saem tão facilmente com esse seu jeito fora do comum, esse seu modo de ver as coisas, de pensar, e tudo sai tão limpo, tão vivo, tão concreto e certo, e eu me sinto certo em achar você a pessoa mais incrível que eu já conheci nessa droga de vida. Eu queria que meus sonhos virassem realidade e você me pedisse um abraço, me apertasse do jeito que só você sabe, e enquanto isso o céu desabasse e se encontrasse com a terra, se chocando contra nós, mas eu nem sou de abraços, só tenho uma leve queda pelo seu. Me concentro em seus olhos, vejo que eles brilham, e eu me sinto fraco, tenho espasmos e me jogo na sarjeta, mas eu preciso enfrenta-los, pois eles me despertam coisas que eu nem sei explicar, eu queria tentar explicar, mas eu não consigo expressar e necessito descobrir. Eu só peço que por favor, não se afaste e não me julgue mal, eu só preciso de você momentaneamente, eu só precisava entender o que você tem que me deixa assim, a ponto do digo e desdigo frequentemente, você me entende? pelo menos tenta entender? Deixa eu te ter só esse momento? E eu suplico, não trague o cigarro assim, isso é uma grande tortura!
Mas não se preocupe. Deve passar, como já passou antes...

''Mas você se foi e queima.''

Danilo C.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vermelhos são...

Me perdia em seus braços, que cegavam-me as palavras, eu relutava em fechar os olhos. Pois eu não queria ter a audácia de sair daquela doce realidade, concentrava em observar seus olhos fechados e ausentes. Ausentes em mim...

Danilo C.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Tentando entender

Uma confusão que insiste em explodir minha cabeça, fervendo minhas ideias inconcretas, pressionando-as a sair boca a fora. Se um dia eu fui meio morto, hoje esta casa não se encontra vazia, ou habitada por teias de aranha, aqui vive um coração, um coração pulsando, jorrando existência e resistência, uma parte dele vive, gosta, sangra por ciúme, pula de alegria, incha de afeto. Mas a outra ainda não caiu totalmente no gosto do esquecimento, e essa é a parte em que eu me preocupo e perco a cabeça, pois é aqui que vive a intensidade, e é aqui onde eu tenho que me preocupar e ter medo, se é que alguém me entende.

Danilo C.

Marina e Júlia

Em alto e bom tom, nota-se rapidamente tamanha vivacidade e autenticidade das duas, destreza ou não, entre um copo e outro brindávamos uma divertida noite inesperada, pois tragam-nos mais gelo, mais vodka e mais indiretas mais diretas. E foda-se qualquer tipo de oposição...

Danilo C.

sábado, 29 de janeiro de 2011

29 de Janeiro

Mas é claro que isso é um drama, não percebeu minha mão na testa? E esse é um jeito covarde para fazer você ficar, eu assumo.
Enquanto o sol ia embora ardendo em chama nossas cabeças, um leve desespero chegava devagar e me destroçava por inteiro, um medo, uma agonia em imaginar que esse momento nunca mais iria acontecer, era como se eu fosse te perder pela noite e nunca mais fosse me sentir vivo, vivo e aquecido com seu corpo quente e despido encima do meu, pois assim é como se eu renascesse, disparasse céu a dentro como uma estrela cadente, rasgando o universo. E enquanto eu ganhava o céu, nossos corpos se explodiam diante daquela vista maravilhosa, linda. E é aquela vista e aquela cena que eu desejo estar vendo agora, e que eu vou tentar lembrar sempre que meu medo estiver gritando, gritando pela sua ausência.
Agora enxugo minhas lágrimas sentindo o cheiro na ponta dos meus dedos, dos inúmeros cigarros tragados pela minha maldita insegurança.

Danilo C.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Playlist da Clarissa

Extreme – More than words
Metallica – Nothing else matters
Pink Floyd - Wish you where here
Kansas – Dust in the windThe Eagles – Hotel California
Pixxie Lott – Apologize
Pixxie Lott – Use Somebody
Jack Johnson - Times Like These
Jack Johnson – Sitting, Waiting, Wishing
Alicia Keys – New York
Bruno Mars - Just The Way You Are
Radiohead – Just
Versaemerge - American Boy
Avril Lavigne - Knocking On Heaven's Door
Queens of the stone age – Make it wit chu
Lovestoned – When love takes over
Victor e Léo - Boa sorte pra você
Jorge e Matheus - Mil anos
Maria Gadú- Lanterna dos afogados

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pra você eu deixo essa carta

Te digo que fui pro lado de lá, eu levei tudo de mim, vi que a vida é que é muito loca, e não eu, que ela não é uma festa, talvez nossos sentimentos sim, pois sorrimos, gritamos, choramos, sentimos raiva, sentimos tristeza, saudade, carinho, queremos tudo e todos, queremos a glória, queremos que nos entendam e nos tronifiquem, queremos ser Reis, estar lá no alto, queremos ser reconhecidos, e se isso não acontece, abrimos um sorriso amarelo, gritamos de novo, choramos de novo, voltamos a tristeza de novo. Mas creio eu que isso é proposital, nada vem e vai em vão, o que eu senti foi? Juro que eu não sei onde quero chegar, mas sinto que tenho que falar, não sei se para te dizer o que eu nunca disse, ou talvez uma forma de dizer que eu estou aqui, eu estou vivo, vivo, eu sobrevivi. Devo desculpas pelas vezes que eu perdia a razão, era como se ela de repente se perdesse em meu cérebro, descendo pela minha garganta, depois saindo pela minha boca simultâneamente, dizendo coisas incrédulas, eu sempre levei pelo lado sensível, ou até mesmo impiedoso, sem cor, sem nexo, mas de uma coisa eu tenho certeza, ali existia vida, era minha vida se desdobrando para entender a sua, e eu poder acreditar em você, e eu tentava, eu tentava acreditar nas suas explicações sem expressão, e só agora eu vi que você não tinha obrigação nenhuma em me explicar nada, pois essa era uma briga minha, minha comigo mesmo. Saiba também que me rasgava o coração a ideia de ter que te imaginar com alguém, mas no fundo eu estava confiante, pois sempre era a mim quem você procurava depois, era para mim quem você contava o seu dia, compartilhava os seus momentos, seus medos, seus sonhos, o seu eu. Fique sabendo que como a lua observa e ilumina a cidade, eu era a lua e você a minha cidade, só que era você quem me iluminava com sua luz, e eu transbordava de alegria, fissurava, quase um fetiche, na verdade era um fetiche, dentro de mim o gosto de te observar e te descobrir causava um som intenso e radiante, como se Rachmaninoff fizesse um concerto dentro de mim, tocando meu coração, no fim só eu aplaudia, aplaudia cada detalhe descoberto, como se encontra-se um tesouro. E eu continuo sem saber onde quero chegar, talvez eu tenha descoberto todos os detalhes, talvez eu tenha desvendado todos os seus mistérios, talvez eu tenha acostumado com sua presença, talvez tudo, talvez nada, saiba que eu te amei, amei tanto, amei verdadeiramente, só que tudo tem um fim. E eu prometo nunca mais falar nada sobre, nem te constranger também, vou seguir e relevar, ou melhor, vou apagar da minha memoria tudo isso, pra estar certo de que nunca aconteceu.

'Adeus você, eu hoje vou pro lado de lá, eu tô levando tudo de mim, que é pra não ter razão pra chorar, vê se te alimenta e não pensa que eu fui, por não te amar...'

Danilo C.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

You make me so well

E eu aqui, sozinho, na calada da noite, desejando seu olhar incrédulo, desconfiado, caloroso, em chamas, que ardem meu peito, que junto aos seus beijos queimam minha boca. E eu quero você aqui comigo, pois quando olho em seus olhos, me refrata o medo, me encoraja debochar do tédio, minha força se lastra e cresce, minhas palavras ganham vida, meus desejos ganham pernas, meu bom humor se quadriplica. Só não ligue por eu me afastar, me afasto por você me fazer feliz, me afasto por você me despertar coisas doces, me afasto por ao seu lado não saber o que é o amargo, me afasto para me preparar para o dia em que você quiser se afastar, me afasto para repensar, refletir, ver que não é um sonho, me afasto para morrer de saudade e te querer muito mais. Quando meus pensamentos caminham e ganham forma, eu vejo cenas no escuro, tão recorrentes quanto nossos encontros urgentes. Mas o seu olhar, o seu olhar é onde eu quero caminhar, caminhar para que os nossos caminhos nunca se destoem, e que nossos corpos nunca percam o contato, que nossa química nunca evapore, que nossos beijos nunca percam o ritmo de nossas almas, que nossas almas nunca se desliguem, que meu desejo nunca se acabe em lágrimas, que minhas lágrimas sequem com suas mãos, que suas mãos se estendam para meu abraço, que com meu abraço você abra seu sorriso, pois seu sorriso transcende seu olhar. E é seu olhar que me mantém no chão.

Danilo C.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aceso

A pressão aumenta, os problemas vem por terem que vir, saiba que sou do digo e desdigo, eu quero me perder para que você me encontre. Me encontre com seu olhar.


Danilo C.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

2

Fui divido em dois sentimentos, aquele que me dorme e aquele que me contorce, um sentimento do olhar vermelho e um sentimento da boca vermelha, que me abraça e que me rejeita, que eu acho puro e que eu acho podre, o bom e o ruim, que me põe no céu e que me põe na sarjeta, que me acalma e que me fere...
E eu vou assim sanfonando meus medos, divido em dois.

'O que seria concreto, não é mais.'

Danilo C.

Playlist da Tamires

Hey Jude – Paul McCartney
Hey you- Pink Floyd
All the clowns – Edguy
Bom Par – MopTop
I am the highway- Audioslave
Lost cause- Beck
Hate me – children of bodom
Swansong for A Raven – Cradle of filth
9 crimes- Damien Rice
18 and life- Skidrow
Teatro dos vampiros- legião urbana
Perfeição- Legião urbana
You Shook Me All Night Long- AC/DC
You Know I'm No Good- Amy Winehouse
Long plays – Publica
Borboletas- Victor e Leo
Wish you were here – Pink floyd
She rides- Danzig

domingo, 23 de janeiro de 2011

Prometo.



Saíremos dessa...

Danilo C.

Irônicamente falando

Catarina gosta de sentir na pele, cutucando a ferida...

Danilo C.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Não vá embora

Eu queria que esse momento se eternizasse, e eu queria que você ficasse aqui hoje, e amanha, e depois de amanha, e depois, e depois e depois. E então me diga o que fazer, quando você faz essa cara ruim de quando não gosta de algo, me diga o que fazer pra eu ver mais vezes essa expressão, eu tremo, me sinto dono de um império, dono do seu império. Dono dos seus beijos, eu amo os seus beijos, e eles viram nossas vidas, e nossas vidas viram nossos toques, e nossos toques tiram nossas roupas, e nossas roupas ganham vida própria, voando. Voando como eu me sinto diante de você assim, eu também saio de mim, voando pro alto, bem pro alto, caindo em realidade quando você diz que tem que ir embora. E eu odeio essa parte em que vejo que minha felicidade dura pouco, pois eu sei que eu te perco pro mundo.

Danilo C.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Retornando

E então super Delarge chora pela primeira vez em dois mil e onze, desesperado, se soubesse uma solução, tentou ofuscar de todas as formas, mentiu pra ele mesmo, admitiu ser forte, fracassou. Toda essa chama que ele acreditava estada apagada, foi se lastrando pelo seu corpo e ele se explodiu, explodiu em lágrimas, tudo se transbordou e a causa contida se libertou. Mas o que fazer? Pensa Delarge, cortar os pulsos, incendiar o quarto, pular de um penhasco, se entupir de remédios não vai adiantar. Super Delarge pede por morfina, pois a dor é imensa e ele sente ódio dele mesmo, ele pensa sobre a vida, que passa uma rasteira quando você menos espera, ou talvez você já espere e acha que ela não te sabota. Não sei, sei que Delarge pensa agora nas descobertas, nos erros, nos acertos, no primeiro beijo, no primeiro amor, na primeira vez, na primeira bola, no primeiro porre, mas ele vai além, lembrando do ultimo beijo, do ultimo amor, da ultima transa, da ultima bola, do ultimo porre. Já pararam para comparar as primeiras e ultimas situações citadas? Conseguem comparar o nível de intensidade do primeiro com o ultimo? Depois da inocência perdida nas primeiras, os sentimentos se explodem tomando diferentes sabores nos últimos, seja por amor, por arrependimento, por vingança, por momento, por acaso, por cegueira alcoólica, por confiança, por tudo isso, ou por nada disso. E Delarge tem fetiche por tais pensamentos, mas ele chora, chora pela raiva, chora pela raiva de chorar, chora por se ver de volta no drama, chora por saber que ele é o melhor no drama, chora pelo desejo não conquistado, chora por imaginar que nada disso adianta, chora por saber que talvez isso tenha voltado, ele chora por aquele sorriso, ele chora pelo travesseiro molhado, ele chora e ele cansa. Cansa de pensar demais, cansa pois seus pensamentos vão de norte a sul, cansa por não poder unir o norte e o sul, cansa de pensar por que norte é norte, e sul é sul. E esse é o Delarge, que de uma boca, pode chorar por rios e flores, colocando a culpa no norte e no sul.
Ele voltou, cuspindo intensidade...

Danilo C.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E eu sinto...

Pelo abraço apertado que eu desejei
pelo beijo quente que eu imaginei
pelo copo babado que eu quebrei
pelo elogio cafona que eu comentei
pelo desejo incontrolável que eu abriguei
pelo travesseiro que eu sempre abracei
pelo sorriso mais lindo que eu achei
pelo olhar indecifrável que eu decifrei
pelo cabelo projetado que eu suspirei
pelo jeito de falar fora do comum que eu gostei
pelo queixo gordinho que eu engracei
pela boca vermelha que eu gaguejei
pela luz irradiante que eu me ceguei
pela pessoa incrível que me entreguei...

Me entreguei e não ganhei.

Danilo C.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

T. + Moss

Atenção senhoras e senhores,
visem a capa épica de todos os tempos. Lea T. + Kate Moss na capa da Love Magazine.
Sem mais... tendo palpitações aqui!

Danilo C.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Corre

Vamos Alice, vamos que o mundo gira e tudo muda de lugar...

Danilo C.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Playlist do Leandro Renato

Army of Love - Kerli
Fiu Fiu - Vanessa da Mata
Suburban War - Arcade Fire
Shampain - Marina And the diamonds
I Am not Robot - Marina And The Diamonds
Firework - Katy Perry
Radio - Beyonce
Howl - Florence and the Machine
In My Arms - Kylie Minogue
Complete Me - FrankMusic
Well, Well, Well - Duffy
Dickhead - Kate Nash
Animal - Ke$ha
Beat Drop - Simon Curtis
Kick Ass - Mika
Love's Not a Competition - Kaiser Chiefs
Speed Limit - Kerli
The Story Left Untold - Every Avenue
Hey Hey - Dennis A Ferrer
Only Girl - Rihanna

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Digo

Digo que eu tenho estado bem feliz ultimamente, digo que eu sinto, pois eu nem sei como falar sobre essa felicidade, mas digo que de pontinho em pontinho... A gente aprende uma nova maneira de viver. E eu tenho descoberto várias.

Danilo C.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Me dê

Me conforte e me envolva em seu colo, me prepare para o fim, pois nosso caso errado, pode ter pressa, pode ter gana, pode partir, pode ter um fim. Me beije devagar, tire todos os meus suspiros de dentro de mim, também tome cuidado, pois eu posso te fazer perder a cabeça com o meu drama, quero te querer, quero te cuidar, quero te tomar para mim. Aqui dentro esta tudo vermelho, quente, forte e vivo, como a cor da minha alma nesse instante.
Volte, volte para minha cama e me dê mais motivos para sonhar...

'Se o mundo acabar hoje eu estarei dançando, se o mundo acabar hoje eu estarei dançando com você'

Danilo C.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aqui que eu quero ficar

Não sorria desse jeito, eu sou capaz morrer
morrer desse seu sorriso...
Se é que me entende.

segunda feira, mais precisamente as 23:50 pm.

Danilo C.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sei lá

E eu tenho bolos e socos no estômago, incontroláveis. Essa inquietação se prolifera pelo resto do meu corpo, creio que como pequenos venenos ela se espalha. E algumas perguntas frequentes insistem em ficar dentro dessa cabeça, minha alma grita exigindo respostas concretas, sei lá. Eu só não quero mais sentir dor, essa é a única coisa que eu peço, eu só não quero sujar minhas mãos mais de sangue. Andei em busca, andei, andei e cai de joelhos no chão, eu só não quero chegar no triste em vão denovo, eu gostava de correr risco, mas odiava as dificuldades, descobri que quando a gente corre risco é por estar passando pela tal dificuldade. E eu aqui penso, sempre seguindo o caminho errado, fazendo escolhas erradas, me relacionando com pessoas erradas, vivendo a vida errada. Esse tédio vira um caos, e eu poderia quebrar um braço, uma perna, essa seria uma forma de pedir socorro, um socorro imediato, pra perguntas imediatas, que precisam de respostas imediatas. Mas eu ainda posso ler um livro, ver um filme, fumar um cigarro, qualquer coisa que me distraia e me faça esquecer dessa coisa qualquer, que faz esse grande estrago aqui dentro. Sei lá, no final das contas eu até me conforto, pois daqui nenhuma lágrima sai mais.

Danilo C.

Fechando os olhos

Dissonância envolta de imagens, eu vejo e tenho espasmos, desprezo e vómitos. Me assusta não me preocupar o bastante, só que eu sou tão melhor que isso...
Que essa chama se apague, rápido!

'Is nothing, is nohting, is nothing.'

Danilo C.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Revolução

Existem cascas envolventes, cheias de luz
que o recheio é todo podre...
nos confundem e nos estragam.
E ainda bem que a gente descobre a tempo.

Danilo C.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Meu B-Day

Aniversário de um amigo especial.

Danilo is my pretty face inside a sad and loved rock song.

Desejo-te muitos amores a lá Montéquios e Capuletos, pistas sujas tocando músicas arrasadoras nas listas do DJ e sonhos de indecência.

O amor pode morrer e os amantes desbotarem, mas você permanecerá lá na mira a um passo de distancia em pedaços e em pedaços permanecerá ate se recompuser.

Se precisar de ajuda chame a Alice, mas só quando ela estiver pequena. Ela lhe dará opções, uma deixará você pequeno e a outra grande e não de atenção pros cavaleiros da rainha vermelha no tabuleiro xadrez nem para as lagartas fumando narguilé. Siga em frente mesmo quando a lógica, a proporção, o caos, o armagedom estiver presente no caminho.

Vamos comemorar muito. Cair e rir dos drinks que derrubarmos, disparar os alarmes de incêndio, vamos virar celebridades de HQS, dirigir com os olhos vendados pela Champs Elysees, dar um grito a lá Lola igual aquele que ela deu no cassino, vamos colocar nossas botas igual Eleanor e correr pelas montanhas russas de Coney Island, andar no lugar mais alto e depois nos jogarmos na água suja, vamos dançar um electro-pop como um robô de 1984, vamos pintar quadros estilo Frida kahlo, Andy Warhol, Keith haring, vamos atuar em filmes de Almodóvar, Kubrick, David Linchy, Bergman. Cantar canções no karaokê do Radiohead, Pitty, Beatles, Nina Simone......

Vamos fazer nosso próprio maio de 68. Comer cupcakes, caviar e champanhe. E por fim brindar a vida e por mais um ano de oportunidades, amores, sorrisos, brigas, novas amizades, bebedeiras, novas musicas inspiradoras e muitos novos textos inspirados no seu blog.

Parabénsssss Amigo!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mato Grosso

Levo minha alma pra passear, passear bem longe, longe de casa, longe de amigos, longe de tudo, longe. Enquanto me despeço de mais um ano que vai embora, faço meus pedidos e metas para o próximo que chega. E eu prometi a mim ser uma pessoa melhor, ser um ser humano melhor, ser um ser humano mais compreensivel, tentar deixar de lado esse sentimentalismo bobo, que não resolve porra nenhuma, não abaixar a cabeça a qualquer custo, se orgulhar de mim mesmo nas vitórias e derrotas. Alguém começa... Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um. Feliz ano novo! E meu olho já se encheu, embaraçando minhas vistas, e eu já jogo um dos meus pedidos pelo alto, eu tinha prometido a mim mesmo deixar esse sentimentalismo de lado, menos de um minuto ele aponta, e eu já coloco tudo a perder. É, uma tragédia mesmo, e enquanto eu levo minha alma pra passear aqui nessa cidade chuvosa, eu saio lá fora e tomo um vinho, sozinho, talvez enquanto eu tome, minha alma gêmea passa. E enquanto eu espero minha alma gêmea passar, a chuva caí, atrasando minha alma da possível sorte de encontrar a sua. Será que ela é daqui? Eu nem gosto de mormaço? E eu acho um saco esses morros e ladeiras, casas e serras no meio da cidade! E aquela índia que eu vi ontem passando semi nua, será que ela também viu? E se ela também pretendia ir a praia e resolveu por culpa da chuva?. E enquanto eu tentei levar minha alma pra passear, essa chuva nem me deixar sair, e enquanto eu levo minha alma para espairecer eu já quero é voltar, voltar pra casa, eu até gosto de chuva, mas eu não aguento mais essa chuva. E assim começou o meu ano, e eu aqui as três e meia da manha, de um sábado, escrevendo pra ver se o tempo passa e eu volto logo pra minha casa, e eu aqui deitado escrevendo no escuro, com a luz que resta de um abajur aos cacos, sem enxergar direito minha letra e com minha prima falando dormindo na cama ao lado, e eu aqui morrendo de vontade de pegar um guarda-chuva e sair com minha melhor roupa e fazer essa viagem valer a pena, e eu aqui, pensando se minha alma gêmea possa estar na rua, em minha procura, e eu aqui vendo se saio ao encontro ou tento dormir, e eu aqui doido por um cigarro, é muita aflição e eu poderia dar em troca a minha dignidade, juro. E eu aqui, tediosamente, vou tentar contar carneiros e deixar minha alma gêmea de lado, talvez eu tenha várias, e eu ainda tenho um ano todo pela frente.

''talvez ela seja aquela, caucasiana, de óculos estranho e roupa de banho preta, que eu vi no clube hoje de manhã, mas essa droga de chuva teve que vir e eu perdi ela de vista. Quem sabe um dia eu reencontro...''

Ps: Barra do Garças, pare de chover.
03:45 am

Danilo C.