domingo, 13 de fevereiro de 2011

Confabulando

Mas me abrace, eu peço que por favor me abrace bem forte, que esse abraço fique eternamente guardado aqui dentro, pois eu sei que você irá embora um dia, que esse abraço também me conforte na sua ausência. Isso é tudo o que eu penso enquanto você fala e essa sua boca avermelhada decepa minha visão e minhas ideias. De pensar que há um ano atrás essa boca de um tom duvidoso e marcante me intrigava, e eu embriagado imaginava e ensaiava dentro de mim mil desculpas para me aproximar e roubar um pouco de sua atenção. E eu tentei, e foi terra, ar, fogo e água. Terra: Seu vocabulário despertava em mim um gosto de mistério, pois naquela terra eu queria me afundar e desvendar tudo o que havia por trás daquela mente brilhante. Ar: Me fez fez descobrir que o sobrenatural existe sim, e que voar realmente é possível. Fogo: Aquela boca me queimava e eu aprendia a gostar de brincar com fogo, sem medo de ser totalmente queimado, sem medo de qualquer consequência drasticamente falando. Água: E como tudo tem seus grandes pesares e dura pouco (bem pouco/uma noite) me afoguei e morri. Morri de tristeza, morri de vontade, morri de carinho, morri de desejo, morri de transtorno. E nada disso eu digo da boca pra fora, pois me desperta coisas estranhas, eu vejo uma chuva de algodões e estrelas cadentes se rasgando do céu e trombando, caindo aqui no chão. Eu posso ter várias pessoas em mente, me relacionar com algumas, mas é você quem me estremece, é você quem me faz respirar, transpirar e escarrar intensidade. é você quem desperta o meu melhor lado.

Danilo C.

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