quarta-feira, 9 de março de 2011

Remanescente

Me desdobro tentando manter o equilíbrio e a calma, na minha falta de equilíbrio caí de joelhos ao chão. Fico aqui pensando sobre algumas propostas que se relançam por acaso, e que sempre vou lá e faço acontecer, mas o problema é que sempre me falta algo, e isso me acaba. Me desdobro pensando que são apenas mofos nas gavetas da memória, mas isso não é tão insignificante a ponto, eu não posso ser tão hipócrita assim. Minha cabeça diz que é hora de desfazer alguns laços, só que meu coração está bem decidido, deu vários nós nesses laços para não haver nenhum tipo de tragédia, pois eu sei que seria isso que ia acontecer. Os choros? Eu gosto, os guardados são os melhores, me livro deles quando tento esconder a minha dor imaginando a dor dos outros, eu sei que isso não me faz sentir sozinho. É uma loucura, uma parte minha quer te ver bem longe, não quer ver nem rastros, te odeia e sente uma magoa terrível, outra parte te quer aqui sutilmente, deitados rindo da vida, ouvindo suas historias e seus segredos. E eu acho que é assim que eu prefiro, pois assim eu posso olhar a forma que você suspira, separar os seus sorrisos, e morrer de felicidade por dentro, pois por fora eu sei que eu não consigo demonstrar o quanto eu me sinto bem quando você está por perto.

Danilo C.

Um comentário:

Posh disse...

*_* amei, muito lindo